Quatro atletas do River Plate são detidas em flagrante por atitudes racistas

As prisões foram feitas em flagrante por injúria racial. A SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) não informou os nomes das atletas em questão.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

Quatro jogadoras do River Plate foram detidas durante um confronto contra o Grêmio, no Canindé, pela Brasil Ladies Cup, em razão de ofensas racistas. Elas foram levadas por policiais ao 8º Distrito Policial, no Brás, acompanhadas por representantes do Consulado Geral da Argentina.

  • Uma jovem de 19 anos também está sob investigação. As ofensas ocorreram em meio a uma confusão generalizada em campo, onde as jogadoras proferiram insultos raciais contra duas pessoas.

“Na noite de sexta-feira (20), quatro jogadoras foram presas em flagrante por injúria racial na Rua Comendador Nestor Pereira, área central da capital. Uma mulher de 19 anos está sendo investigada. Durante a partida, uma confusão se instaurou entre as equipes, e as jogadoras acusadas proferiram ofensas raciais. Elas foram levadas por policiais militares ao 8° Distrito Policial (Brás), com a supervisão do Consulado Geral da Argentina em São Paulo. O caso foi registrado como injúria racial”, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) em comunicado.

O jogo entre Grêmio e River Plate foi marcado por uma tumultuada situação após um gesto racista da jogadora Candela Díaz, do time argentino, que imitou um macaco em direção a um gandula durante o primeiro tempo. Isso desencadeou um conflito, levando as jogadoras do Grêmio a abandonar o campo.

O incidente ocorreu logo após o gol de empate do Grêmio, que deixou o placar em 1 a 1. A desavença entre as argentinas e o gandula culminou em uma reação das jogadoras gremistas.

Após a interrupção de 30 minutos, seis jogadoras do River foram expulsas, resultando no encerramento da partida devido à falta de um número mínimo de atletas. Com isso, o Grêmio se classificou para a final contra o Bahia, enquanto o River Plate foi excluído do torneio e suspenso por dois anos.

A técnica do Grêmio, Thaissan Passos, expressou sua indignação: “É inaceitável que uma atleta profissional tenha que passar por isso em um torneio tão importante. O racismo não pode ser ignorado e precisa ser combatido. Nós, como sociedade, não podemos continuar fingindo que não existe racismo e machismo no esporte.”

As reações das partes envolvidas foram contundentes. O Grêmio manifestou sua indignação pelos fatos ocorridos, afirmando que suas jogadoras também foram vítimas de racismo. O clube lamentou o episódio e se comprometeu a buscar punições para os responsáveis.

O River Plate repudiou enfaticamente os gestos discriminatórios e anunciou que já está tomando medidas disciplinares para lidar com a situação. Por sua vez, a Brasil Ladies Cup também se manifestou contra o ato de racismo, destacando que esse tipo de comportamento não deve ser tolerado em um torneio que visa promover o desenvolvimento do futebol feminino.

 

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