
Tragédia entre Tocantins e Maranhão mobiliza autoridades após caminhões com ácido sulfúrico e defensivos agrícolas caírem no rio. Buscas estão suspensas devido ao risco químico.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
As prefeituras de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) emitiram alertas para que os moradores evitem qualquer contato com as águas do rio Tocantins, após a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta os dois estados. O acidente ocorreu na tarde do último domingo (22) e deixou uma pessoa morta, 14 desaparecidas e uma ferida.
Entre os veículos que caíram no rio estão dois caminhões-tanque que transportavam ácido sulfúrico e um caminhão carregado com defensivos agrícolas. A Defesa Civil informou que há grave risco de contaminação, com possibilidade de intoxicação, queimaduras químicas e outros problemas de saúde, especialmente para a população ribeirinha.
Vítimas e buscas interrompidas
O corpo de Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos, moradora de Aguiarnópolis (TO), foi encontrado no domingo. Um homem de 36 anos foi resgatado com vida e encaminhado para um hospital em Estreito (MA), com fratura na perna.
Os desaparecidos incluem:
- Duas crianças, de 3 e 11 anos;
- Duas mulheres;
- Um mototaxista e sua passageira;
- O motorista de um Citroën;
- Três ocupantes de uma caminhonete S10;
- Dois motoristas dos caminhões que transportavam ácido sulfúrico;
- O motorista de um caminhão de defensivos agrícolas;
- O motorista de um caminhão de MDF.
O Corpo de Bombeiros do Tocantins suspendeu as buscas aquáticas com mergulhadores no início da noite de domingo, devido ao risco de contaminação química. A Polícia Militar informou que a retomada das buscas depende da chegada de equipes especializadas no manejo de materiais perigosos.
Investigação e providências
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), vinculado ao Ministério dos Transportes, anunciou que vai investigar as possíveis causas da queda da ponte e avaliar a estrutura restante.
Enquanto isso, a orientação para a população das duas cidades é evitar contato com as águas do rio e consumir apenas água potável fornecida por fontes seguras, até que a situação seja controlada.
A tragédia mobilizou as autoridades locais e federais, que continuam trabalhando para conter os riscos ambientais e localizar os desaparecidos. Novas atualizações sobre o caso devem ser divulgadas nos próximos dias.
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