Presidente ucraniano expõe ações russas para ocultar envolvimento norte-coreano no conflito.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez sérias acusações contra as forças russas nesta quarta-feira, afirmando que elas estariam cometendo atos cruéis para encobrir a participação de soldados norte-coreanos na guerra. De acordo com Zelensky, há relatos de que os militares russos têm “queimado os rostos” de combatentes norte-coreanos mortos, com o objetivo de eliminar qualquer evidência de sua presença no território ucraniano.
“Houve tentativas de manter em segredo a presença de soldados norte-coreanos. Enquanto estavam sendo treinados, foram até proibidos de mostrar o rosto. Qualquer evidência de vídeo da sua presença foi apagada pelas forças russas. E agora, depois das batalhas com as nossas tropas, os russos estão literalmente tentando queimar os rostos dos soldados norte-coreanos mortos”, afirmou o presidente, destacando a gravidade da situação.
Zelensky classificou as ações como “desumanas” e reforçou seu apelo à comunidade internacional para aumentar a pressão sobre a Rússia e a Coreia do Norte. Ele enfatizou que a colaboração entre os dois países representa uma ameaça global, demandando uma resposta firme e coordenada.
Provas da colaboração
Investigações conduzidas pelo Serviço de Segurança da Ucrânia trouxeram novas evidências à tona. Entre elas, mensagens interceptadas de uma mulher identificada como esposa de um soldado russo revelam que 220 soldados norte-coreanos teriam sido hospitalizados na região de Moscou.
Autoridades ucranianas também confirmaram a morte de dezenas de combatentes norte-coreanos no front, enquanto relatos de inteligência dos Estados Unidos indicam que os soldados enviados ao conflito na área de Kursk sofreram “centenas de baixas”.
Um oficial norte-americano destacou a inexperiência dos militares norte-coreanos, apontando que muitos deles “nunca haviam participado de uma batalha antes”, o que teria contribuído para a perda significativa em confrontos com as tropas ucranianas.
Acordo militar em vigor
A crescente aliança entre Moscou e Pyongyang foi formalizada recentemente por meio de um acordo de defesa mútua, que prevê assistência militar imediata em caso de ataques externos. A parceria militar inclui o envio de tropas norte-coreanas para a região de Kursk, como confirmaram os Estados Unidos.
Em outubro, o vice-embaixador norte-americano na ONU, Robert Wood, revelou a presença de cerca de 8 mil soldados da Coreia do Norte em solo russo. Zelensky e outros líderes alertaram para o risco de essa cooperação intensificar o conflito, agravando ainda mais a crise humanitária.
Com essas revelações, a Ucrânia pede maior envolvimento da comunidade internacional para conter a violência e responsabilizar os governos da Rússia e da Coreia do Norte por suas ações no campo de batalha.
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