STF ignora alegações de parcialidade e mantém Moraes em inquérito contra Bolsonaro

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Ex-presidente aponta perseguição política enquanto ministro segue como relator em caso controverso.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta sexta-feira (6/12) o recurso apresentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que buscava o afastamento do ministro Alexandre de Moraes das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. A decisão, tomada por maioria, reacendeu debates sobre a conduta de Moraes e o papel do STF nos conflitos institucionais recentes.

Bolsonaro e seus aliados argumentam que Moraes atua de maneira parcial, sendo diretamente envolvido nos fatos investigados. A defesa destacou episódios como a inclusão do ministro em supostos planos de monitoramento e ações alegadamente tramadas contra ele, o que, segundo Bolsonaro, comprometeria a isenção necessária para relatar o caso.

O julgamento do recurso ocorreu no plenário virtual do STF, onde os ministros têm até 13 de dezembro para registrar seus votos de forma eletrônica. Ministros como Gilmar Mendes, Edson Fachin, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Dias Toffoli acompanharam Barroso no voto pela permanência de Moraes. Por ser parte interessada, Moraes se declarou impedido de participar da votação.

Bolsonaro denuncia perseguição política

A rejeição do recurso reforça a narrativa de perseguição política apontada por Jair Bolsonaro e seus apoiadores, que veem nas ações de Moraes um excesso de poder e falta de equilíbrio institucional. Para eles, o ministro teria extrapolado suas funções ao conduzir inquéritos e decisões que, segundo críticos, visam enfraquecer a oposição política no Brasil.

Em uma live transmitida nesta quarta-feira, Nikolas Ferreira afirmou: “Alexandre de Moraes se tornou o investigador, o julgador e a vítima ao mesmo tempo no processo, isso é inaceitável”.

Perspectivas futuras

Com o avanço das investigações conduzidas pela Polícia Federal, Bolsonaro segue na mira do STF em diversos inquéritos. Enquanto isso, o debate sobre o papel de Moraes e o uso de instrumentos judiciais contra figuras políticas adversárias promete se intensificar, dividindo opiniões sobre o equilíbrio de forças na democracia brasileira.

A decisão do STF, longe de encerrar o caso, amplia questionamentos sobre a necessidade de maior transparência e imparcialidade no Judiciário, temas essenciais para fortalecer a confiança pública nas instituições do país.

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