Trump pede cessar-fogo imediato na Ucrânia e ameaça retirar os EUA da Otan

Presidente eleito defende solução diplomática para a guerra e cobra maior equilíbrio na aliança militar.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, manifestou neste domingo (8) seu compromisso em buscar uma solução imediata para o conflito entre Ucrânia e Rússia. O republicano sugeriu um cessar-fogo como primeiro passo para negociações que ponham fim ao confronto, destacando a necessidade de preservar vidas e reduzir os custos humanos e financeiros da guerra.

“Zelenski e a Ucrânia gostariam de fazer um acordo e parar com a loucura”, escreveu Trump em sua rede social Truth Social. Ele também destacou que Kiev já sofreu perdas significativas no conflito: “Deve haver um cessar-fogo imediato e as negociações devem começar”.

O presidente eleito esteve com Volodimir Zelenski em Paris, marcando o primeiro encontro entre os dois desde a vitória eleitoral de Trump. Na ocasião, Trump reafirmou sua confiança na capacidade de mediar um acordo e mencionou a possibilidade de envolvimento da China no processo. “Eu conheço bem o Vladimir. Este é o momento dele para agir. A China pode ajudar. O mundo está esperando!”, declarou.

Reações e desafios diplomáticos

A proposta de Trump foi recebida com cautela. Zelenski defendeu que a paz deve vir acompanhada de garantias concretas para evitar novos rompimentos. “Os ucranianos querem paz mais do que qualquer um, mas a guerra [não] pode simplesmente terminar com um pedaço de papel e algumas assinaturas”, afirmou no X, em referência a acordos anteriores que não foram respeitados pela Rússia.

Do lado russo, o porta-voz Dmitri Peskov declarou que Moscou está disposta a negociar, mas dentro das condições estabelecidas pelo presidente Vladimir Putin, incluindo a permanência sob controle russo de territórios ocupados e o compromisso da Ucrânia de não aderir à Otan.

Críticas à Otan e revisão do apoio a Kiev

Além de abordar a guerra, Trump também levantou questionamentos sobre o papel dos Estados Unidos na Otan. Em entrevista à NBC, o republicano afirmou que considera a possibilidade de os EUA deixarem a aliança caso outros países membros não aumentem suas contribuições financeiras. “Possivelmente. Sim, provavelmente, com certeza”, respondeu ao ser indagado sobre a chance de reduzir o apoio americano à Ucrânia.

Essa postura reflete o posicionamento de Trump desde seu primeiro mandato, quando cobrou maior equilíbrio nos gastos da aliança militar e maior responsabilidade dos aliados. Ele indicou que, em sua gestão, dará prioridade aos interesses americanos enquanto busca uma política externa mais pragmática.

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