Bolsonaro afirma que receberia com honra soldado israelense investigado e critica Lula

Ex-presidente expressa apoio ao militar e lamenta postura do governo atual em relação ao caso

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou no último domingo (5) sobre o caso envolvendo um soldado israelense que deixou o Brasil após ser investigado pela Polícia Federal. Bolsonaro fez questão de demonstrar seu apoio ao militar, referindo-se a ele como “soldado do povo de Deus” e afirmando que, caso ainda estivesse na presidência, o receberia com honras no Palácio do Planalto.

Em uma mensagem publicada em sua conta no X (antigo Twitter), Bolsonaro escreveu: “Caso fosse presidente da República, esse soldado do Povo de Deus, ora perseguido, teria sido recebido por mim no Planalto com as devidas honras”. A declaração foi uma crítica direta à postura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, segundo Bolsonaro, tem se mostrado omisso em relação à “injustiça” que envolve o militar. O ex-presidente também não poupou críticas ao atual governo, acusando Lula de apoiar “ditadores” e de não defender adequadamente os aliados de Israel.

O soldado das Forças de Defesa de Israel estava no Brasil para férias quando, em 30 de dezembro de 2024, a juíza Raquel Soares Charelli, do Distrito Federal, emitiu uma ordem para que ele fosse investigado por supostos crimes de guerra na Faixa de Gaza. De acordo com a denúncia apresentada pela Fundação Hind Rajab (HRF), o militar estaria envolvido em um ataque a um bairro residencial em Gaza, ocorrido em novembro do ano anterior, que resultou na destruição de um quarteirão que servia de abrigo para palestinos deslocados pela guerra.

A acusação contra o soldado foi baseada em informações obtidas por meio de fontes de Open Source Intelligence, que analisaram dados públicos para verificar sua possível participação no ataque. A repercussão do caso fez com que o militar, temendo a prisão, fosse orientado a deixar o Brasil o mais rápido possível. O pai do soldado confirmou que seu filho recebeu a orientação de um escritório diplomático israelense e imediatamente partiu do país.

Bolsonaro, sempre um forte defensor de Israel e do apoio incondicional ao país, lamentou a falta de uma postura firme do governo brasileiro em relação à proteção de seus aliados internacionais.

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