
Comunicado conjunto de países da América Latina aborda direitos humanos e migração.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
Dez países da América Latina e Caribe expressaram preocupação com as políticas de deportação em massa anunciadas pelo presidente Donald Trump. Em comunicado conjunto, destacaram a importância de respeitar os direitos humanos e defender soluções humanitárias para os desafios migratórios, ressaltando o impacto das medidas nos países da região.
Em comunicado conjunto, dez países da América Latina e Caribe pediram respeito aos direitos humanos, expressando “grave preocupação” diante das declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a implementação de políticas de deportação em massa. Embora o documento não citasse diretamente os Estados Unidos ou Trump, o contexto deixou clara a referência. O grupo de nações incluiu Belize, Brasil, Colômbia, Cuba, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México e Venezuela.
Embora o comunicado não tenha mencionado explicitamente os Estados Unidos, o contexto deixou claro que a preocupação se referia às medidas prometidas por Trump. Durante sua campanha e após sua eleição, o presidente republicano anunciou que planejava editar mais de 100 decretos relacionados à imigração, incluindo a expulsão de imigrantes irregulares e a revisão de programas de acolhimento.
Reação internacional
O comunicado enfatizou a necessidade de que todas as medidas tomadas no âmbito migratório respeitassem os direitos humanos e as obrigações internacionais, como os tratados que protegem os refugiados e as pessoas deslocadas. “Reafirmamos nosso compromisso com a cooperação internacional para enfrentar os desafios migratórios, priorizando soluções humanitárias e o respeito à dignidade humana”, declarou o texto.
Os países signatários também solicitaram a manutenção de um diálogo aberto entre nações de origem, trânsito e destino dos imigrantes. Isso incluiu propostas de desenvolvimento regional para reduzir os fatores que impulsionam a migração irregular, como pobreza, violência e falta de oportunidades. Essas propostas envolveram programas de investimento em infraestrutura básica, iniciativas para melhorar o acesso à educação e à saúde nas comunidades de origem dos migrantes, além de ações destinadas a promover a geração de empregos locais e o fortalecimento de economias regionais.
Análise das medidas anunciadas
Donald Trump, que assumiu o cargo em 20 de janeiro de 2025, afirmou que uma de suas prioridades seria “retomar o controle das fronteiras e restabelecer a lei e a ordem”. Entre as propostas, estiveram a construção de novas estruturas para conter a imigração na fronteira com o México e a criação de um sistema de deportação acelerada.
De acordo com dados preliminares, as políticas impactaram milhares de imigrantes que vivem nos Estados Unidos sem documentação legal. Além disso, houve preocupações sobre a separação de famílias e a situação de crianças migrantes detidas em abrigos.
Impacto na américa latina
Para os países latino-americanos, as medidas agravaram uma crise humanitária já existente. Governos como os do México e de El Salvador enfrentaram dificuldades para reintegrar cidadãos deportados, enquanto nações como o Haiti lidaram com fragilidades econômicas que dificultam o acolhimento de retornados.
Posicionamento do Brasil
O governo brasileiro reafirmou seu compromisso com o respeito aos direitos humanos e destacou a necessidade de soluções globais para desafios migratórios. A declaração marcou uma postura diplomática cautelosa e alinhada a princípios de cooperação multilateral.
- Leia mais:
Faça um comentário