Desafios econômicos como juros elevados, inflação persistente e incertezas fiscais colocam o Brasil em um caminho arriscado para 2025.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
O Brasil inicia 2025 enfrentando um panorama econômico complexo, com a combinação de juros elevados e inflação persistente ameaçando o crescimento e a estabilidade. O país se depara com uma desaceleração, com a projeção de crescimento do PIB reduzida para cerca de 2%, o menor índice em cinco anos.
O Banco Central já indicou novos aumentos na taxa básica de juros, a Selic, que pode alcançar 14,25% nos primeiros meses do ano, um patamar que não era visto desde 2016.
Mesmo com essas medidas, a inflação segue alta, ultrapassando 5%, enquanto o dólar já alcançou a marca de R$ 6, pressionando ainda mais o poder de compra dos brasileiros.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem sido criticado por suas políticas econômicas, que muitos apontam como responsáveis pelo sobreaquecimento da economia e a consequente perda de confiança. A dificuldade em ajustar as contas públicas e a incerteza política estão afastando investimentos e ampliando o pessimismo tanto no mercado interno quanto no externo.
No setor financeiro, as taxas de juros para concessão de crédito dispararam, restringindo o acesso de empresas e consumidores a financiamentos.
O mercado de trabalho, que vinha apresentando sinais de recuperação em 2021 e 2022, começa a sentir os efeitos dessa desaceleração. As contratações estão cada vez mais seletivas e criteriosas, refletindo a cautela das empresas diante do ambiente econômico desfavorável.
O cenário fiscal também inspira preocupações. O pacote de contenção de gastos do governo foi desidratado no Congresso, e o endividamento público continua a crescer, com o Tesouro Nacional projetando que a dívida pode superar 81% do PIB até 2027.
Especialistas alertam que, sem reformas estruturais, essa trajetória pode se agravar ainda mais nos próximos anos.
Diante desse panorama, o Brasil encara um 2025 repleto de desafios, com poucas perspectivas de melhora no curto prazo. A necessidade de políticas econômicas eficazes e ajustes fiscais rigorosos se faz urgente para evitar uma crise econômica mais profunda e retomar a confiança de investidores e do mercado.
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