
Rotina exaustiva e transporte público congestionado aumentam estresse e afetam a qualidade de vida na maior metrópole do Brasil.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
Nos últimos dias, imagens impressionantes do metrô de São Paulo superlotado ganharam destaque, mostrando a dura realidade enfrentada diariamente por milhões de brasileiros. A situação, agravada por horários de pico e falhas pontuais no sistema, tem gerado não apenas desconforto, mas também sérias implicações para a saúde física e mental dos usuários.
De acordo com um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), longos períodos em ambientes congestionados e mal ventilados aumentam o risco de doenças respiratórias e cardiovasculares. Além disso, o estresse crônico causado pela superlotação e pelos atrasos pode desencadear quadros de ansiedade, insônia e até depressão.
Segundo dados da Companhia do Metropolitano de São Paulo, mais de 4 milhões de pessoas utilizam o sistema diariamente, enfrentando rotinas de até duas horas de deslocamento em condições muitas vezes precárias. Especialistas alertam que o tempo excessivo no transporte público contribui para a chamada “fadiga urbana”, termo que descreve a exaustão física e mental decorrente da sobrecarga diária em grandes cidades.
Impacto na qualidade de vida
A convivência diária com o estresse no transporte público pode afetar o desempenho no trabalho e nos estudos, além de prejudicar relações pessoais. Quando o deslocamento ocupa uma parcela significativa do dia em condições tão desgastantes, sobra pouco tempo e energia para cuidar da saúde e do bem-estar.
A superlotação do metrô também pode aumentar a pressão arterial e o risco de problemas cardíacos, principalmente em pessoas já predispostas. A exposição frequente ao estresse, associada à falta de exercícios físicos e à alimentação inadequada, forma um cenário preocupante para a saúde pública.
Soluções em debate
Embora o Governo do Estado de São Paulo tenha anunciado novos investimentos na expansão e modernização da rede metroviária, especialistas defendem que medidas mais imediatas, como o escalonamento de horários de trabalho e a melhoria na frequência dos trens, poderiam aliviar o problema no curto prazo.
O caos registrado no metrô de São Paulo é um reflexo dos desafios enfrentados por muitas metrópoles no Brasil e no mundo. Além de exigir soluções estruturais, a questão levanta um alerta sobre a importância de repensar o equilíbrio entre trabalho, saúde e qualidade de vida para os brasileiros.
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