Avanço de bactérias resistentes a medicamentos expõe impacto sanitário de guerras prolongadas.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
A guerra na Ucrânia está acelerando o avanço de bactérias resistentes a medicamentos, destacando uma grave crise de saúde pública em zonas de conflito. Pesquisadores identificaram que bactérias como a Klebsiella pneumoniae, resistentes a múltiplos antibióticos, estão se disseminando entre os feridos devido às condições precárias de higiene, acesso limitado a cuidados médicos e infraestrutura de saúde colapsada.
Estudos conduzidos por universidades europeias revelaram que essas bactérias não apenas resistem aos tratamentos, mas também mantêm uma alta capacidade de causar doenças graves. “As condições de guerra favorecem a proliferação desses microrganismos, e o isolamento inadequado de pacientes multiplica o risco de contaminação”, afirmou Johan Riesbeck, microbiologista responsável por um estudo publicado na revista Journal of Infection.
Impactos globais e riscos futuros
Além do impacto local, o fenômeno representa um risco global. Pacientes evacuados para outros países podem levar essas bactérias, desafiando sistemas de saúde já sobrecarregados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que conflitos armados frequentemente resultam em surtos de doenças infecciosas, mas o caso ucraniano destaca o potencial devastador da resistência antimicrobiana.
“Superbactérias não reconhecem fronteiras. É imperativo que a comunidade internacional adote medidas para conter essa ameaça, incluindo monitoramento rigoroso, acesso a novos antibióticos e suporte aos sistemas de saúde em colapso”, concluiu Riesbeck.
Essa crise ressalta a necessidade urgente de políticas globais coordenadas para mitigar os impactos sanitários de conflitos armados e proteger a saúde pública mundial.
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