Crescimento de bactérias resistente a medicamentos é registrado na Ucrânia

A resistência antimicrobiana (RAM), que ocorre quando bactérias evoluem para resistir a medicamentos, teria se intensificado devido à guerra.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

 

Médicos que atendiam o soldado Oleksander Bezverkhny, de 27 anos, identificaram que suas infecções eram resistentes aos antibióticos tradicionais. Segundo informações da BBC, Bezverkhny sofreu um grave ferimento abdominal, com estilhaços que atingiram suas nádegas, além de ter perdido ambas as pernas.

A resistência antimicrobiana (RAM), que ocorre quando bactérias se adaptam e se tornam imunes a medicamentos, é um desafio global.

Em 2021, aproximadamente 1,4 milhão de pessoas faleceram devido a infecções provocadas por RAM. Embora a Ucrânia não seja o único país a enfrentar essa questão, a guerra agravou a propagação de patógenos multirresistentes na região.

Relatos indicam que hospitais que tratam ferimentos de guerra têm visto um aumento alarmante nos casos de RAM. No Hospital Feofaniya, em Kiev, mais de 80% dos pacientes internados apresentam infecções causadas por micróbios resistentes, conforme revelou o Dr. Andriy Strokan, médico-chefe adjunto. Essas infecções frequentemente surgem em ambientes hospitalares, onde, mesmo com a implementação de rigorosos protocolos de higiene, a superlotação dificulta o controle de sua propagação.

Situação de saúde comprometida

O Dr. Volodymyr Dubyna, responsável pela UTI do Hospital Mechnikov, comentou que a capacidade de sua unidade foi aumentada de 16 para 50 leitos desde o início da invasão russa. Entretanto, o número de profissionais de saúde diminuiu, pois muitos abandonaram seus postos ou alistaram-se nas forças armadas. Segundo o Dr. Strokan, a sobrecarga de trabalho limita a realização de medidas fundamentais, como a higienização frequente das mãos, o que acentua a disseminação das bactérias resistentes.

A guerra também resulta em uma maior exposição dos pacientes a diversas cepas infecciosas. Os soldados frequentemente transitam por várias unidades médicas antes de chegar a um hospital principal, como foi o caso de Bezverkhny, que foi transferido por três locais diferentes antes de chegar a Kiev. Essa movimentação, comum em tempos de conflito, favorece a propagação de cepas resistentes.

 

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