
Fronteiras sob vigilância após reeleição contestada de Nicolás Maduro.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
O governo da Guiana intensificou o monitoramento de sua fronteira com a Venezuela, em resposta à controversa reeleição de Nicolás Maduro, ocorrida em 10 de janeiro. A nação sul-americana já acolhe mais de 30 mil refugiados venezuelanos, que fugiram das dificuldades geradas pelo regime chavista.
“Teremos outra avalanche de migrantes em circunstâncias desesperadoras provenientes da Venezuela”, declarou o ministro do Interior guianês, Robeson Benn.
O governo prevê que o número de refugiados deve crescer significativamente nas próximas semanas.
Crise humanitária em expansão
A crise humanitária na Venezuela continua a se aprofundar, forçando milhões a buscar refúgio em países vizinhos. Estima-se que cerca de oito milhões de pessoas tenham deixado a Venezuela nos últimos anos. A Colômbia, o principal destino, abriga quase três milhões de venezuelanos, incluindo opositores políticos, jornalistas e defensores de direitos humanos que fugiram da repressão estatal.
Durante sua controversa posse, Maduro decretou o fechamento temporário da fronteira com a Colômbia por 72 horas, sob o pretexto de “garantir a segurança” durante o evento. Edmundo González, líder opositor exilado na Colômbia, reafirmou seu compromisso com a restauração da democracia venezuelana, embora seus próximos passos ainda sejam incertos.
Fechamento de fronteira com o Brasil
O Itamaraty informou que, na última semana, a fronteira da Venezuela com o Brasil foi fechada por ordem do regime de Maduro, reabrindo apenas em 14 de janeiro.
“A Embaixada do Brasil informa que, em caso de emergência, cidadãos brasileiros poderão acionar os plantões consulares da Embaixada do Brasil em Caracas, e do Vice-Consulado em Santa Elena de Uairén, ambos com whatsapp.”, declarou o Itamaraty em comunicado.
O fechamento temporário das fronteiras reflete a instabilidade contínua sob o governo de Nicolás Maduro, exacerbando a crise humanitária e forçando mais venezuelanos a buscarem refúgio em nações vizinhas.
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