Musk critica o papel de Keir Starmer e as falhas do governo trabalhista.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
O bilionário Elon Musk voltou a levantar uma grave questão no cenário político britânico, denunciando a omissão do atual primeiro-ministro Keir Starmer diante de um dos maiores casos de exploração sexual de menores da história do Reino Unido. Em recentes publicações em sua rede social, Musk destacou a negligência das autoridades britânicas, acusando Starmer de não agir eficazmente contra a rede de pedofilia composta, em grande parte, por homens de origem paquistanesa.
O caso remonta a uma série de investigações que ocorreram ao longo de várias décadas, começando nos anos 1980 e continuando até o início dos anos 2010.
A rede criminosa atuava principalmente em comunidades carentes, sequestrando e abusando sexualmente de menores, com um foco particular em cidades como Rotherham, Rochdale, Oxford, e Telford.
Musk, com suas críticas incisivas, descreveu o episódio como uma “vergonha da Grã-Bretanha” e cobrou respostas mais efetivas do governo britânico. Ele também questionou, em um post provocativo, se os Estados Unidos deveriam intervir para “libertar” o Reino Unido de sua “governança tirânica”, direcionando suas críticas ao governo trabalhista de Starmer.
As investigações sobre o escândalo das gangues de exploração sexual começaram de forma tímida, com falhas evidentes nas respostas das autoridades.
Um relatório de 2014, liderado pela professora Alexis Jay, revelou que mais de 1.400 crianças foram vítimas de abuso em Rotherham entre 1997 e 2013, com os perpetradores sendo, em sua maioria, homens de origem paquistanesa. As autoridades locais, segundo Jay, hesitaram em agir devido ao receio de serem acusadas de racismo.
O caso ficou mais conhecido após a divulgação de uma série de relatos de vítimas que, inicialmente, foram ignoradas ou desacreditadas pela polícia. A falta de ação eficaz por parte das autoridades locais e nacionais gerou um grande clamor público, com muitas pessoas questionando a responsabilidade dos líderes políticos da época, incluindo Starmer.
Recentemente, o escândalo ressurgiu com a revelação de que a ministra de Proteção de Dados do Reino Unido, Jess Phillips, rejeitou um pedido para reabrir as investigações sobre casos semelhantes na cidade de Oldham.
Essa decisão gerou ainda mais indignação, principalmente quando se considerou a postura de Starmer durante a sua gestão como procurador-geral, onde uma série de falhas ocorreram no processo judicial contra os suspeitos de abusar das vítimas em Rochdale.
Em resposta às críticas, Starmer condenou o que chamou de “mentiras e desinformação”, sem abordar diretamente as acusações feitas por Musk. O primeiro-ministro também enfrentou críticas da oposição conservadora, que pediu a abertura de um novo inquérito nacional para investigar mais profundamente a rede de pedofilia que devastou tantas vidas.
O caso, que já resultou em milhares de testemunhos de vítimas e sobreviventes, continua a gerar debates intensos no Reino Unido. Enquanto o governo de Starmer e a oposição trabalhista preferem focar em novas investigações, personalidades como Musk e defensores dos direitos das vítimas clamam por ações concretas em vez de mais inquéritos, exigindo que as vítimas finalmente recebam justiça.
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