Empresa é alvo de investigação por venda de carne contaminada após enchentes no Rio Grande do Sul

Foto: Reprodução.
Operação prende quatro suspeitos por lucrar mais de 1.000% com revenda de carne destinada à produção de ração animal.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

A Polícia Civil do Rio de Janeiro (RJ) realizou, na última quarta-feira (22), a Operação Carne Fraca, que apura o envolvimento de uma empresa suspeita de comercializar carne bovina contaminada após as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul (RS) em 2024.

A distribuidora Tem Di Tudo Salvados, localizada em Três Rios, é o principal alvo das investigações. Segundo a Delegacia do Consumidor (Decon), a empresa adquiriu aproximadamente 800 toneladas de carne que, originalmente, seriam destinadas à produção de ração animal. No entanto, os produtos foram revendidos como aptos ao consumo humano em diversas regiões do país.

Durante a operação, quatro pessoas foram presas em flagrante. Os nomes dos detidos não foram divulgados, e ainda não há confirmação sobre a presença de advogados na defesa dos suspeitos. De acordo com a polícia, a prática configura grave risco à saúde dos consumidores.

Lucro abusivo e crimes investigados

As autoridades apontaram que os envolvidos obtiveram um lucro superior a 1.000% com a revenda da carne contaminada. Análises realizadas indicaram que os produtos apresentavam níveis de contaminação alarmantes, impróprios para o consumo humano.

Entre os crimes investigados estão associação criminosa, receptação, adulteração de alimentos e corrupção de produtos destinados ao consumo.

Enchentes no Rio Grande do Sul e impacto nacional

As enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul afetaram 364 dos 497 municípios do estado, deixando mais de 180 mortos e gerando enormes prejuízos econômicos, especialmente nos setores agrícola e industrial. Produtos afetados pelas águas foram considerados impróprios para consumo, mas, ainda assim, parte deles foi negociada de forma irregular.

A Polícia Civil segue investigando a extensão da distribuição da carne contaminada e busca identificar os estabelecimentos que adquiriram o produto. Órgãos de vigilância sanitária estão colaborando para avaliar possíveis impactos na saúde pública.

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