Hezbollah rejeita acordo de cessar-fogo com Israel e agrava crise na região

Foto: reprodução
Rejeição ao acordo demonstra inflexibilidade, mesmo com significativas derrotas militares.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA

O líder do grupo terrorista Hezbollah, Naim Qassem, declarou rejeição categórica à proposta de extensão do acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos. Ele afirmou que não permitirá a ampliação do prazo para a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, conforme estabelecido no acordo firmado em novembro.

“Não aceitamos a prorrogação do prazo de retirada israelense nem por um dia“, enfatizou Qassem, reforçando a retórica de “resistência” contra o que considera uma ocupação israelense no território libanês.

O acordo de cessar-fogo foi alcançado após intensos combates que se estenderam por mais de um ano, resultando em graves consequências humanitárias e estruturais. Apesar de as tropas israelenses terem concordado com a retirada, o governo de Israel acusa o Hezbollah de não cumprir suas obrigações, impedindo a efetivação da medida.

Impactos devastadores do conflito

O enfrentamento entre Israel e o Hezbollah já deixou quase 4.000 mortos no Líbano, entre combatentes e civis, enquanto Israel sofreu mais de 100 baixas entre civis e militares. Além disso, o número de deslocados é alarmante: aproximadamente 60.000 israelenses e 1,2 milhão de libaneses foram forçados a abandonar suas casas.

Desde os ataques terroristas conduzidos pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que mataram cerca de 1.200 israelenses, o Hezbollah intensificou suas ações contra Israel, mas tem enfrentado uma resposta implacável.

As operações israelenses, que incluem bombardeios aéreos e sabotagens tecnológicas, dizimaram parte significativa da capacidade do grupo.

Perdas estratégicas para o Hezbollah

Entre os danos infligidos ao Hezbollah estão a destruição de metade de seu arsenal de foguetes e mísseis, além de túneis estratégicos e posições militares na fronteira. A organização também perdeu líderes importantes, como Hassan Nasrallah, o que deixou sua cadeia de comando fragilizada.

Apesar disso, o grupo ainda possui alguma capacidade de lançar ataques, embora sua infraestrutura e liderança estejam desorganizadas. A rejeição ao cessar-fogo é vista como mais uma demonstração de intransigência, mesmo diante de um cenário que já comprometeu seriamente a segurança e o bem-estar da população libanesa.

Enquanto isso, Israel reafirma seu compromisso com a defesa de sua população e sua soberania, deixando claro que qualquer ameaça vinda do Hezbollah será respondida à altura.

Leia mais

Argentina reforça segurança na fronteira com a Bolívia para combater tráfico de drogas

Caos no metrô de São Paulo: impactos do superlotamento na saúde dos brasileiros

Ladrões roubam capacete de ouro de 2.500 anos em assalto na Holanda, Europa

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*