Com previsão de distribuição para fevereiro de 2025, tratamento de diabetes tipo 1 será mais acessível a milhões de brasileiros.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
Após um longo período de espera, a insulina de ação prolongada finalmente será disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em fevereiro de 2025. A novidade promete um grande avanço no tratamento de pessoas com diabetes tipo 1, oferecendo maior controle glicêmico e mais qualidade de vida.
A insulina, aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) em 2019, enfrentou diversos obstáculos até sua inclusão no SUS. O principal entrave foi a necessidade de reduzir o custo do medicamento para que ele fosse compatível com o orçamento do SUS. Para isso, foram necessários longos períodos de negociação com os fabricantes, além de questões logísticas relacionadas ao armazenamento e distribuição, já que o produto exige refrigeração constante.
A insulina de ação prolongada, como a glargina (comercializada sob nomes como Lantus e Glargilin), oferece um controle mais eficaz dos níveis de glicose no sangue ao longo do dia. Diferente da insulina NPH, que precisa ser aplicada várias vezes, ela pode ser administrada uma vez ao dia, proporcionando uma liberação constante do hormônio. Isso resulta em menos oscilações glicêmicas e reduz o risco de hipoglicemia, especialmente durante a noite.
Segundo o Ministério da Saúde, o contrato firmado com a empresa Biomm, que venceu a licitação para fornecimento do medicamento, garante a distribuição de 3,3 milhões de unidades de insulina ao SUS, que serão distribuídas por meio das secretarias estaduais de saúde. Além disso, a empresa já iniciou a produção nacional, com capacidade para atender a uma demanda crescente.
Este avanço traz alívio para os 3,4 milhões de brasileiros que convivem com o diabetes tipo 1, um número que só tende a crescer. Com o início da distribuição, o tratamento com insulina de ação prolongada se tornará mais acessível, evitando complicações graves relacionadas ao controle inadequado da glicose, como problemas renais, de visão e nervosos.
A expectativa é de que a nova opção terapêutica reduza as complicações a longo prazo, além de facilitar o manejo diário da doença. Para os pacientes que dependem do SUS, o acesso gratuito a essa tecnologia representa uma grande melhoria na qualidade de vida e no controle da doença.
Agora, com a distribuição confirmada para fevereiro, os pacientes poderão contar com uma insulina mais eficiente e menos invasiva, uma verdadeira transformação no tratamento do diabetes tipo 1 no Brasil.
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