Ex-presidente critica decisão do governo de substituir benefício contínuo por indenização única; famílias afetadas temem impacto negativo.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu extinguir a pensão vitalícia destinada a crianças com microcefalia, substituindo-a por uma indenização única de R$ 60 mil. A medida gerou forte reação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que classificou a mudança como um retrocesso nas políticas de assistência social.
Bolsonaro, em publicação no X (antigo Twitter), relembrou a medida provisória que assinou em 2019, garantindo o benefício contínuo para as famílias.
Corte de benefícios: uma escolha insensível?
A justificativa apresentada pelo governo Lula é de que a substituição da pensão vitalícia por um pagamento único atende à necessidade de controle fiscal. Contudo, essa decisão foi amplamente criticada por especialistas e famílias, que apontam para o impacto negativo dessa mudança. Para muitas famílias, o valor de R$ 60 mil é insuficiente para cobrir os custos contínuos associados ao cuidado de uma criança com microcefalia.
Famílias desamparadas e reação política
A decisão tem sido vista como um abandono das famílias afetadas, que dependiam do benefício para garantir uma assistência adequada a seus filhos. “A pensão era uma segurança para o futuro. Agora, nos sentimos desamparados”, desabafou uma mãe que depende do auxílio.
A mudança também reacendeu o debate político, com Bolsonaro se posicionando como defensor das políticas sociais voltadas para os mais vulneráveis.
O futuro da assistência social no Brasil
A medida do governo Lula levanta preocupações sobre o rumo das políticas sociais no país. Ao optar por cortar benefícios essenciais, o governo, que é o próprio responsável por criar as dívidas, agora parece priorizar a contenção de gastos em detrimento do bem-estar das famílias mais necessitadas. O debate sobre a assistência social no Brasil promete se intensificar, com a oposição questionando a sensibilidade e as prioridades do atual governo.
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