Lula manda embaixadora à posse do ditador Maduro, desconsiderando sequestro de María Corina

Foto: reprodução
Decisão de Lula é criticada após sequestro de líder opositora na Venezuela e denúncias de fraudes eleitorais.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA

Em meio a uma nova onda de repressão na Venezuela, o governo brasileiro, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, mantém firme seu apoio ao regime de Nicolás Maduro. Nesta sexta-feira, 10, a embaixadora do Brasil, Glivânia Oliveira, marcará presença na cerimônia de posse do ditador venezuelano, em Caracas, desconsiderando as recentes acusações de fraude eleitoral e os relatos de violência contra opositores.

A atitude do governo brasileiro gerou indignação, especialmente após o sequestro da opositora María Corina Machado, ocorrido na quinta-feira, 9. Machado, que estava participando de um protesto pacífico contra o regime, foi violentamente abordada por agentes encapuzados.

“María Corina foi violentamente interceptada à sua saída da concentração em Chacao”, declarou sua equipe no Twitter/X.

“Tropas do regime atiraram contra as motocicletas que a transportavam”. Horas depois, a líder foi liberada, mas não antes de ser forçada a gravar vídeos sob coação.

A oposição venezuelana, que há anos denuncia a deterioração democrática sob Maduro, apontou graves irregularidades nas eleições de 2024. O Supremo Tribunal do país, dominado pelo regime, impediu María Corina de concorrer à presidência, alegando pretextos administrativos.

Com isso, Edmundo González foi o único adversário permitido, enfrentando uma campanha marcada por intimidações e sem transparência.

Apesar das evidências de fraude, Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, controlado pelo regime, sem que os boletins de urna fossem divulgados.

A decisão de Lula de enviar uma representante à posse de Maduro foi amplamente criticada por analistas e defensores dos direitos humanos, que consideram a postura brasileira um endosso a um regime opressor. A justificativa de “manter canais diplomáticos abertos para mediar conflitos” não convenceu os críticos, que veem nisso uma tentativa de legitimar uma ditadura que continua a reprimir brutalmente sua população.

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