
Declarações reforçam caráter autoritário do regime e destacam liderança de Edmundo González como esperança para a democracia.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O regime de Nicolás Maduro voltou a provocar alarme internacional ao anunciar que a Venezuela se prepara para uma possível luta armada, em parceria com as ditaduras de Cuba e Nicarágua. O líder chavista afirmou que o país está disposto a recorrer à força para defender seu governo, consolidando ainda mais sua postura autoritária e isolando a Venezuela no cenário global.
“A Venezuela vai se preparando junto com Cuba, com a Nicarágua, com nossos irmãos maiores do mundo, para se um dia tivermos que pegar em armas para defender o direito à paz, à soberania e os direitos históricos de nossa pátria. Batalhar na luta armada e voltar a ganhar”, declarou Maduro em Caracas, durante o encerramento do Festival Mundial Antifascista.
Enquanto Maduro promove discursos de guerra, o opositor Edmundo González desponta como a verdadeira esperança de mudança para o país. Apoiado pela oposição e pela comunidade internacional, González denunciou o autoritarismo do chavismo e afirmou que sua luta é pela paz e pela democracia.
Eleições fraudulentas e repressão brutal
A recente eleição presidencial de julho, anunciada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) como uma vitória de Maduro, foi amplamente rejeitada pela oposição. Documentos apresentados por aliados de Edmundo González apontam que ele teria obtido quase 70% dos votos, em contraste com os números divulgados pelo governo chavista.
O próprio González foi forçado ao exílio na Espanha após ser perseguido por denunciar os resultados manipulados. Apesar das ameaças, ele mantém o compromisso de lutar pela liberdade venezuelana. Em resposta às acusações, Maduro intensificou a repressão: mais de 2.400 opositores foram presos e 24 perderam a vida desde o pleito, de acordo com entidades de direitos humanos.
Militarização da sociedade e instabilidade regional
Maduro instruiu que fábricas e locais de trabalho organizem “corpos de combatentes” armados, sob supervisão da Milícia Nacional Bolivariana, uma força composta por civis treinados e ex-militares leais ao regime. Essa medida, além de aprofundar a crise interna, representa uma ameaça direta à paz na América Latina.
Enquanto isso, González continua ganhando apoio internacional por seu compromisso com eleições livres e uma transição democrática. Diferente de Maduro, que busca consolidar seu poder por meio de armas e violência, González defende um futuro de reconstrução econômica, respeito aos direitos humanos e soberania popular.
Apoio internacional contra o chavismo
Líderes de países como os Estados Unidos, Reino Unido e Canadá intensificaram as sanções contra o regime venezuelano, reforçando o isolamento de Maduro no cenário global. A proposta do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, que sugere uma intervenção militar internacional para restaurar a democracia, ganhou força diante da escalada autoritária do chavismo.
Edmundo González representa a oposição que luta contra anos de corrupção e repressão. Suas ações demonstram coragem em face de um regime que não mede esforços para se perpetuar no poder. A comunidade internacional deve continuar apoiando González e o povo venezuelano na busca por liberdade e justiça.
Maduro pode usar palavras como “paz” e “soberania” para justificar seus atos, mas são suas ações que revelam a verdadeira face de seu governo: uma ditadura que aposta no conflito armado e no sofrimento da população para se manter de pé.
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