Ditador venezuelano tenta silenciar líder reconhecido por diversos países como presidente eleito, enquanto repressão deixa rastro de mortes, prisões e feridos.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
A ditadura de Nicolás Maduro, às vésperas de sua controversa posse, eleva o cerco contra o líder oposicionista Edmundo González Urrutia. Reconhecido por países como Estados Unidos e nações europeias como o legítimo vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho, González agora é alvo de uma recompensa de US$ 100 mil (cerca de R$ 620 mil) oferecida pelo regime chavista para informações que levem à sua captura.
Em meio a denúncias de fraude eleitoral e repressão generalizada, a Procuradoria-Geral da Venezuela, controlada pelo chavismo, já havia emitido um mandado de prisão contra o opositor, que se recusa a reconhecer a vitória de Maduro e promete retornar a Caracas para tomar posse.
Atualmente exilado na Espanha, González aguarda a confirmação de asilo político pelas autoridades espanholas, enquanto mantém firme sua acusação de que venceu o ditador com 70% dos votos.
Fraude eleitoral acobertada e repressão violenta
A oposição venezuelana denuncia que as eleições de 28 de julho foram marcadas por fraudes massivas, com números e dados sendo ocultados pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), órgão que declarou a vitória de Maduro. Pedidos de recontagem e auditoria por parte de ex-candidatos presidenciais foram ignorados pela Sala Constitucional, que sequer apresentou justificativas para validar o resultado oficial.
O cenário pós-eleitoral foi tomado por protestos populares contra as ilegalidades do pleito. Segundo a ONG Povea, ao menos 24 manifestantes foram mortos e mais de 200 ficaram feridos durante a repressão brutal das forças de segurança. Além disso, cerca de 2.400 pessoas foram detidas desde o dia da votação, incluindo 69 adolescentes, conforme denunciado pela organização Foro Penal. Diosdado Cabello, braço-direito de Maduro, admitiu publicamente a detenção ilegal de menores de idade, expondo ainda mais o autoritarismo do regime.
A resistência de González
Mesmo diante da perseguição, Edmundo González continua afirmando que não abandonará sua missão de defender a democracia na Venezuela. Em declarações recentes, ele reafirmou sua intenção de retornar ao país para assumir o cargo de presidente, sem revelar como planeja enfrentar os riscos de captura ao desembarcar em Caracas.
O apoio internacional ao opositor cresce, com a Espanha, país onde González está exilado desde setembro, prestes a formalizar a concessão de asilo político.
Enquanto isso, a comunidade internacional observa com preocupação a escalada de repressão do regime chavista, que busca se perpetuar no poder à custa de direitos humanos e princípios democráticos.
A Venezuela, mais uma vez, se encontra à beira de um colapso político, com a ditadura de Maduro tentando esmagar qualquer possibilidade de mudança, mas enfrentando uma oposição que insiste em lutar, mesmo sob os riscos mais extremos.
Leia mais
Aeroportos alemães sofrem apagão cibernético e enfrentam caos nos controles de fronteira
Mike Johnson é reeleito presidente da Câmara dos Representantes com apoio de Trump
Cairo Santos mantém esperança em virada dos Bears em 2025: “todo mundo é de elite”

Faça um comentário