Medidas emergenciais contra arboviroses são intensificadas em diversos estados brasileiros

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Ministério da Saúde ativa o COE para Dengue e outras arboviroses, reforçando ações de prevenção e vigilância em resposta ao aumento de casos no país.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

O Ministério da Saúde foi notificado sobre decretos de situação de emergência em saúde pública devido às arboviroses em diversos estados e municípios brasileiros. Foram registrados casos no Acre e em oito cidades: Nossa Senhora do Livramento (MT), São José do Rio Preto (SP), Goiânia (GO), Pinheiro Preto (SP), Tanabi (SP), Potirendaba (SP), Araçatuba (SP) e Amparo (SP). O ministério segue monitorando de perto o cenário epidemiológico, reforçando ações de prevenção, vigilância e preparação para a rede de assistência, especialmente antes do período sazonal, quando há aumento nos casos.

Em 9 de janeiro, o Ministério da Saúde ativou o Centro de Operações de Emergência (COE) para Dengue e outras arboviroses, com o intuito de garantir uma resposta rápida às necessidades locais, independentemente da declaração formal de emergência. Dentre as ações do COE estão o apoio técnico e financeiro, estratégias de prevenção, e melhorias na vigilância e orientação para os serviços de saúde. Através do Departamento de Emergências em Saúde Pública, o governo federal também organiza a alocação de recursos para os municípios prioritários.

Para 2025, as previsões apontam para o aumento da incidência de casos de arboviroses em seis estados: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins e Mato Grosso do Sul. Esses estados estão sendo monitorados com maior atenção. Além disso, uma caravana do Ministério da Saúde enviou equipes para as cidades de Rio Branco (AC), Vitória (ES), São José do Rio Preto (SP) e Foz do Iguaçu (PR), com planos de também estender o apoio técnico ao Amapá.

A ministra Nísia Trindade enfatizou a necessidade de uma resposta coordenada e eficaz, destacando que o Ministério da Saúde está comprometido em fornecer suporte técnico e financeiro aos estados e municípios para combater a dengue e proteger a saúde da população. Segundo ela, a atuação preventiva e o reforço na vigilância são essenciais para mitigar os impactos do período sazonal. “Seguiremos firmes na missão de garantir que os serviços de saúde estejam preparados e bem estruturados para atender a todos com qualidade”, afirmou a ministra.

O governo tem adotado diversas medidas para combater as arboviroses:

  1. Reforço nos estoques de inseticidas: Desde 2023, todos os estados estão abastecidos com insumos para o controle do Aedes aegypti.
  2. Distribuição de testes diagnósticos: Mais de 3 milhões de testes rápidos para detecção de dengue serão distribuídos para auxiliar no diagnóstico precoce.
  3. Incorporação de novas tecnologias: A ampliação de métodos como o Wolbachia, que reduz a transmissão de vírus como dengue, zika e chikungunya, e o uso de Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs) em áreas de difícil acesso.
  4. Capacitação de profissionais de saúde: Em 2023, cerca de 11,7 mil profissionais foram treinados para melhorar o manejo clínico e o controle das arboviroses.
  5. Investimentos financeiros: Para o período 2024-2025, foram destinados mais de R$ 1,5 bilhão para aquisição de vacinas contra a dengue, insumos laboratoriais e apoio aos municípios.

Em dezembro, o Ministério da Saúde promoveu o Dia D de Mobilização contra a Dengue, uma ação nacional que envolveu governos, municípios e a população, com o objetivo de conscientizar sobre a importância de eliminar criadouros do mosquito.

A população também desempenha um papel crucial no combate às arboviroses, eliminando os focos do mosquito em suas residências, já que cerca de 75% dos focos do Aedes aegypti estão dentro das casas. Além disso, é fundamental buscar atendimento médico ao sentir sintomas como febre, dores no corpo e nas articulações.

O enfrentamento das arboviroses depende da colaboração entre as autoridades de saúde, a comunidade e as organizações, para garantir um ambiente mais saudável e seguro para todos.

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