Ministério da Saúde do Brasil atualiza embalagem do autoteste de HIV para torná-lo mais acessível e discreto

Foto: divulgação/MS
Mudança visa facilitar o transporte do produto, aumentar a adesão ao diagnóstico e contribuir para a eliminação da transmissão do HIV no Brasil.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

O Ministério da Saúde anunciou recentemente a atualização da embalagem do autoteste de HIV, que, a partir dos próximos meses, será distribuído aos serviços de saúde em novas caixas mais compactas e discretas. O autoteste, de fácil utilização, funciona de maneira similar aos testes rápidos realizados em unidades de saúde, mas pode ser feito pela própria pessoa, no local que se sentir mais confortável e seguro, seja sozinha ou com o auxílio de alguém de confiança.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o autoteste é uma ferramenta recomendada para ampliar o diagnóstico da infecção pelo HIV. No entanto, a OMS ressalta que o resultado isolado do autoteste não deve ser considerado diagnóstico definitivo, sendo apenas uma triagem. Se o resultado for positivo, ou “reagente”, a pessoa deverá buscar um serviço de saúde para confirmação do diagnóstico. Caso a infecção seja confirmada, o profissional de saúde providenciará o encaminhamento para o início imediato do tratamento, com foco na prevenção da progressão da doença e na melhoria da qualidade de vida.

Artur Kalichman, coordenador-geral de Vigilância de HIV e Aids do Ministério da Saúde, destacou que a alteração na embalagem não é apenas uma mudança estética, mas visa impactar diretamente a percepção das pessoas sobre o autoteste. “A embalagem menor facilita o transporte e torna o produto mais discreto e acessível”, afirmou Kalichman, reforçando que a mudança visa melhorar a experiência dos usuários.

Em 2024, o Ministério da Saúde também emitiu novas diretrizes sobre o uso do autoteste de HIV, permitindo sua utilização para iniciar a profilaxia pós-exposição (PEP) quando não for possível realizar o teste rápido em tempo hábil. A PEP, tratamento que deve ser iniciado até 72 horas após a exposição ao HIV, visa evitar a infecção após um possível risco de contaminação.

Além disso, a pasta publicou orientações para profissionais de saúde e gestores, permitindo o uso do autoteste para indicar a profilaxia pré-exposição (PrEP) em serviços de teleatendimento. Segundo Draurio Barreira, diretor do Departamento de Aids, Hepatites Virais e Tuberculose (Dathi), a atual gestão está focada em facilitar a adesão ao autoteste, com o intuito de promover um diagnóstico precoce e contribuir para a eliminação da transmissão do HIV no país.

“Estamos comprometidos com a agenda de eliminação da aids e da transmissão do HIV como problemas de saúde pública no Brasil. Simplificar o processo de testagem, tornando-o mais acessível e menos intimidador, é uma forma de quebrar barreiras e tornar a resposta ao HIV mais eficaz e inclusiva”, declarou Barreira.

Com essas novas medidas, o Ministério da Saúde busca não apenas facilitar o acesso ao diagnóstico, mas também fortalecer a luta contra o HIV e a aids no Brasil, garantindo mais oportunidades para o tratamento precoce e a prevenção da transmissão.

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