Callum Parslow tentou assassinar requerente de asilo e publicar manifesto extremista após esfaqueamento.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
O Reino Unido foi abalado por um ataque terrorista de motivação neonazista ocorrido em abril de 2024, em Worcester, centro da Inglaterra. Callum Parslow, de 32 anos, foi condenado a 22 anos e 8 meses de prisão após esfaquear um imigrante da Eritreia, que estava no Reino Unido como requerente de asilo. O ataque foi um claro reflexo de suas crenças de extrema-direita, que incluiu o intento de publicar um manifesto neonazista nas redes sociais após o crime.
Motivação e ataque
Parslow havia pesquisado previamente locais de alojamento de requerentes de asilo e, após esse planejamento, atacou a vítima duas vezes no peito. Em seus escritos, Parslow expressou sua intenção de “exterminar” requerentes de asilo, algo que ele via como um “dever para com a Inglaterra”. Após o ataque, ele tentou divulgar esse manifesto nas redes sociais, o que foi considerado um ato de terrorismo pelos promotores.
Material extremista encontrado
Após o esfaqueamento, as autoridades encontraram no endereço de Parslow diversos itens que reforçam sua filiação ao movimento neonazista, como:
•Uma bandeira nazista;
•O livro de Adolf Hitler, “Mein Kampf” (“Minha Luta”);
•Armas.
Além disso, Parslow tinha uma tatuagem com a assinatura de Hitler em seu braço, o que reforça sua identificação com a ideologia neonazista.
Impacto psicológico na vítima
A vítima, que havia fugido da Eritreia em busca de proteção, sofreu graves danos psicológicos além das feridas físicas. Segundo os promotores, o ataque foi planejado para intimidar não só os requerentes de asilo, mas também os moradores e voluntários que os acolhem.
Declarações das autoridades
A chefe da Divisão Antiterrorismo, Bethan David, comentou:
“Esse ataque foi realizado para intimidar uma parte do público, ou seja, requerentes de asilo e aqueles que fornecem acomodação a eles.”
A condenação e as consequências
Callum Parslow negou a tentativa de homicídio, mas foi condenado com base nas evidências. O juiz Ian Dove, que presidiu o julgamento, considerou o ataque como “um ato terrorista”, destacando o impacto devastador na vítima e a ideologia violenta que motivou o crime. Este caso destaca o perigo contínuo das ideologias extremistas no Reino Unido e o trabalho das autoridades para combatê-las.
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