Presença do PT, MST e governo Lula na posse do ditador Maduro gera controvérsia

Foto: reprodução
Líderes do PT e MST, além de representantes do governo brasileiro, participam da cerimônia de posse do ditador venezuelano.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA

Nesta sexta-feira, 10 de janeiro, Nicolás Maduro será empossado como presidente da Venezuela, um evento marcado pela participação de diversas figuras políticas brasileiras, gerando fortes críticas e preocupações sobre o apoio do governo Lula a regimes autoritários.

Entre os presentes está Camila Moreno, integrante da direção executiva nacional do PT, que também participará de uma reunião do Foro de São Paulo, organização conhecida por seu alinhamento com governos de esquerda na América Latina, incluindo o regime chavista.

João Pedro Stedile, líder do MST, comparecerá acompanhado por uma delegação de militantes.

O MST mantém uma relação próxima com Maduro, evidenciada pela recente parceria em projetos agrícolas na região de Bolívar, que faz fronteira com o Brasil, consolidando laços com um governo amplamente criticado por suas políticas repressivas.

Além disso, a embaixadora brasileira em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, estará presente, reforçando o suporte do governo Lula ao regime de Maduro. Essa presença tem sido interpretada como um sinal de aceitação das práticas autoritárias do líder venezuelano, que enfrenta denúncias de violações de direitos humanos. Outras organizações brasileiras, como o Cebrapaz, também estarão representadas, com a presença de seu presidente, José Reinaldo de Carvalho.

Esse apoio ocorre em um contexto onde países como Argentina, Uruguai, Paraguai e os Estados Unidos reconhecem Edmundo González Urrutia como o verdadeiro presidente eleito da Venezuela.

González, que planeja retornar ao país para assumir o cargo, continua a ser alvo de perseguição pelo regime de Maduro, que oferece uma recompensa por sua captura. Em uma recente denúncia, ele relatou o sequestro de seu genro:

“Esta manhã meu genro Rafael Tudares foi sequestrado. Rafael estava indo para a escola dos meus netos de 7 e 6 anos, em Caracas, para deixá-los no início das aulas, quando homens encapuzados, vestidos de preto, o interceptaram, colocaram-no em um caminhão dourado, placa AA54E2C, e o levaram embora”, escreveu González em suas redes sociais.

A presença de representantes do PT, MST e do governo Lula na posse de Maduro reforça preocupações sobre o alinhamento político do Brasil com regimes autoritários e suas possíveis consequências para a política externa do país.

Leia mais

Problema técnico no estabilizador obriga avião com 173 passageiros a fazer pouso de emergência em Moscou

Copa do Brasil 2025: CBF altera regulamento e jogadores poderão atuar por até dois clubes na competição

Vasco anuncia Tchê Tchê como primeiro reforço para 2025

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*