Detenção ocorre após confrontos com apoiadores e investigações sobre decreto de Lei Marcial.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Nesta quarta-feira (15), Yoon Suk Yeol, presidente afastado da Coreia do Sul, foi preso após a execução de um mandado pelas autoridades sul-coreanas. A detenção é resultado de uma investigação sobre o decreto de Lei Marcial que o presidente afastado impôs em dezembro, causando tumulto político no país. A informação foi confirmada pela agência Yonhap, que reportou o cumprimento do mandado em sua residência.
A prisão de Yoon ocorre após uma tentativa frustrada de captura, quando policiais não conseguiram acessar sua residência devido a um bloqueio feito por seus apoiadores. Hoje, após confrontos, as autoridades conseguiram entrar no local, onde Yoon estava confinado desde o impeachment. Ele enfrenta acusações de insurreição relacionadas ao decreto de Lei Marcial, uma medida que foi vista como uma resposta autoritária aos protestos no país.
Resistência e reações jurídicas
Apesar de sua detenção, Yoon tem se mostrado resistente às investigações e aos processos legais que enfrenta. A prisão foi realizada por um grupo de investigadores do Gabinete de Investigação de Corrupção para Altos Funcionários, órgão responsável pelo caso. Em nota, seus advogados contestaram a legalidade da prisão, chamando-a de “ilegal e inválida”. Eles prometeram buscar todos os meios legais possíveis para reverter a decisão. “Vamos tomar todas as medidas legais cabíveis contra essa decisão arbitrária”, afirmaram.
Desde o impeachment, que aconteceu em dezembro, Yoon tem se isolado em sua residência, sendo protegido por uma equipe de segurança. Embora tenha sido inicialmente impedido de ser preso devido a barricadas formadas por seus apoiadores, ele agora enfrenta o peso da justiça com o cumprimento de sua prisão.
Crise política se agrava com o impeachment e investigações
A instabilidade política na Coreia do Sul se acentuou após o impeachment de Yoon, que levou à destituição do cargo. O parlamento também votou pela remoção do primeiro-ministro interino, Han Duck-soo, o que deixou o país em um estado de desordem política. Atualmente, Choi Sang-mok, ministro das Finanças, ocupa a presidência interina enquanto o julgamento de Yoon segue no Tribunal Constitucional.
O processo de impeachment de Yoon começou formalmente nesta terça-feira (14), mas foi interrompido quando o ex-presidente se recusou a comparecer. O julgamento, que pode se estender por até seis meses, continua sem sua presença, e o tribunal promete dar prioridade a este e outros casos relacionados ao governo de Yoon, incluindo acusações contra ministros e outros altos funcionários de sua administração.
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