
Decreto presidencial reforça valores tradicionais e elimina ativismo das Forças Armadas.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, deu mais um passo em direção à consolidação de sua política conservadora ao assinar um decreto que proíbe a chamada “ideologia transgênero” no Exército americano. A assinatura ocorreu a bordo do Air Force One na última segunda-feira (27), logo após um evento em Miami com congressistas republicanos.
Durante o anúncio, Trump enfatizou que as mudanças são essenciais para garantir o desempenho e a eficácia das tropas. “Para garantir que vamos ter a força de combate mais letal do mundo, eliminaremos a ideologia transgênero de nossas Forças Armadas”, declarou o presidente, destacando a necessidade de disciplina e coesão entre os militares.
Proibição de ideologias consideradas incompatíveis
O texto do decreto destaca que a presença de ideologias relacionadas a identidade de gênero contraria os princípios fundamentais exigidos dos membros das Forças Armadas. “As Forças Armadas têm sido afligidas com uma ideologia de gênero radical para apaziguar ativistas”, afirma o documento, que descreve ainda a incompatibilidade entre certas condições de saúde física ou mental e o serviço militar ativo.
De acordo com o decreto, “a adoção de uma identidade de gênero inconsistente com o sexo de um indivíduo entra em conflito com o comprometimento de um soldado com um estilo de vida honrado, verdadeiro e disciplinado, inclusive em sua vida pessoal”. A medida reforça a visão de Trump sobre a necessidade de as forças armadas se manterem alheias a influências externas que possam comprometer sua eficiência.
Histórico de ações contra ativismos no Exército
Trump já havia manifestado sua oposição à inclusão de pessoas transgênero no serviço militar ainda em seu primeiro mandato. Em 2018, ele assinou um memorando que limitava a participação de indivíduos transgênero com disforia de gênero, exceto em condições específicas. Na época, o objetivo era evitar que demandas médicas e psicológicas impactassem o desempenho das tropas.
Esse posicionamento contrasta com as políticas adotadas durante a administração de Barack Obama, que em 2016 permitiu o alistamento de pessoas transgênero. Desde então, Trump tem argumentado que o foco das Forças Armadas deve ser exclusivamente a defesa nacional, sem espaço para experimentos sociais.
Fortalecimento das capacidades militares
Além de eliminar a “ideologia transgênero” do Exército, o presidente pediu a construção de um sistema antimísseis inspirado no “Domo de Ferro” de Israel. A medida reflete sua preocupação em fortalecer a segurança nacional, alinhada à visão de uma América militarmente preparada e independente.
O secretário de Defesa recém-nomeado, Pete Hegseth, reafirmou que a pasta implementará todas as decisões presidenciais sem hesitação. “Estamos comprometidos em garantir que nossas Forças Armadas estejam prontas para qualquer desafio, mantendo a disciplina e a eficiência que sempre foram a marca dos militares americanos“, afirmou Hegseth ao assumir formalmente o cargo.
Promessa de campanha cumprida
Desde sua posse, Trump tem trabalhado para cumprir promessas feitas durante sua campanha presidencial. Em seus discursos, o presidente reafirmou que os Estados Unidos reconhecem apenas “dois sexos, masculino e feminino”, definidos biologicamente. “Esses sexos não são modificáveis e estão ancorados em uma realidade incontestável”, destacou em um de seus primeiros decretos.
As novas políticas refletem o compromisso do presidente em preservar os valores tradicionais das Forças Armadas e evitar o que chamou de “doutrinação por ideologias de extrema esquerda”. A decisão de reintegrar militares dispensados por recusarem a vacinação contra a Covid-19 também foi uma das ações tomadas recentemente para corrigir o que Trump considera erros de administrações anteriores.
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