Depósito com mais de 1,2 milhão de peças de evidências vem enfrentando problemas de armazenamento e infestação de roedores.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Na última sexta-feira, o Departamento de Polícia de Houston, em colaboração com o prefeito John Whitmire e o novo promotor público do Condado de Harris, Sean Teare, revelou uma força-tarefa destinada a enfrentar um sério problema no depósito da polícia. Este local, que abriga uma imensa quantidade de drogas, amostras de sangue e evidências de investigações que datam de décadas, tornou-se alvo de uma infestação de roedores.
Durante uma coletiva de imprensa, Whitmire reconheceu a falta de atenção que a sala de evidências recebeu ao longo dos anos. Segundo informações do portal Extra, a estratégia proposta inclui a eliminação de evidências antigas e a transferência de itens mais recentes para o Centro de Ciências Forenses de Houston.
O chefe da polícia, Noe Diaz, enfatizou que essa questão é um reflexo de administrações anteriores que negligenciaram o problema por décadas. Atualmente, o departamento possui mais de 1,2 milhão de itens de evidência, abrangendo casos antigos, como um homicídio de 1947 e apreensões de drogas dos anos 90, mesmo que esses casos já tenham sido encerrados.
“Esse acúmulo está sobrecarregando nossos recursos“, afirmou Diaz, ressaltando as dificuldades logísticas e financeiras envolvidas na destruição de evidências em conformidade com as normas ambientais. Peter Stout, presidente e CEO do Houston Forensic Science Center, alertou sobre os perigos que os roedores representam para as evidências mais recentes, destacando que infestações desse tipo são recorrentes em depósitos policiais. “Roedores, insetos, fungos e outras pragas são atraídos pelas drogas“, comentou Stout. “Armazenar grandes quantidades de substâncias é um verdadeiro desafio.”
Para abordar essa situação, o promotor Sean Teare anunciou mudanças que permitirão ao departamento descartar evidências de narcóticos apreendidas antes de 2015, o que ajudará a liberar espaço no depósito.
Além disso, Teare revelou a criação de um novo cargo em seu escritório para coordenar o status dos casos e agilizar o processo de destruição de evidências que já foram concluídas. “Estamos comprometidos em oferecer apoio financeiro para resolver essa questão urgente“, garantiu Teare, assegurando que recursos do seu escritório serão destinados a essa iniciativa.
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