Rússia anuncia retaliação após abater mísseis fabricados pelos EUA e dezenas de drones ucranianos

Governo russo classifica ataques como escalada no conflito e promete resposta contundente

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

Neste sábado (4), a Rússia afirmou ter interceptado oito mísseis balísticos ATACMS, produzidos nos Estados Unidos, além de 72 drones ucranianos. O Kremlin destacou que essa ofensiva representa uma intensificação perigosa na guerra em curso e garantiu que haverá retaliação às ações de Kiev.

O Ministério da Defesa russo declarou que “essas ações do regime de Kiev, que é apoiado por curadores ocidentais, serão recebidas com retaliação”. De acordo com as autoridades russas, os ataques foram detectados em regiões estratégicas como Leningrado e Kursk, onde drones também foram destruídos.

Armas de longo alcance ampliam tensões

Os mísseis abatidos possuem capacidade de alcançar alvos a até 300 quilômetros, tornando-se uma ameaça significativa para a Rússia. O envio dessas armas à Ucrânia foi autorizado pelo presidente norte-americano, Joe Biden, no final de 2024, como resposta ao aumento das hostilidades na região.

Por sua vez, Vladimir Putin, presidente da Rússia, ameaçou intensificar os ataques utilizando o míssil balístico experimental “Oreshnik”, que pode carregar ogivas nucleares. Segundo Putin, o armamento está pronto para ser usado em testes que podem incluir alvos na capital ucraniana, Kiev.

Escalada dos ataques aéreos

O governador da região de Leningrado, Aleksandr Drozdenko, utilizou o Telegram para relatar que o abate de drones durante a madrugada foi um dos mais significativos até agora. “A noite e a manhã de 4 de janeiro foram recordes em termos do número de UAVs destruídos”, destacou ele.

Enquanto isso, as forças ucranianas confirmaram a derrubada de dezenas de drones russos durante a noite de sexta-feira (3). Entre os dispositivos abatidos estavam drones Shahed, de fabricação iraniana, utilizados em ataques às regiões de Chernihiv e Sumy.

O cenário mais crítico desde 2022

A guerra, iniciada em fevereiro de 2022 com a invasão russa à Ucrânia, atingiu um dos momentos mais críticos em 2024, com o uso de armas de longo alcance e novas estratégias militares. Autoridades internacionais seguem preocupadas com os rumos do conflito, que já resultou em milhares de mortes e significativos danos à infraestrutura dos países envolvidos.

A troca de ataques, intensificada nas últimas semanas, tem ampliado o desgaste entre Rússia e Ucrânia, enquanto ambos os lados reforçam suas alianças com potências globais. A expectativa de uma solução pacífica parece cada vez mais distante.

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