
Procedimento inédito no AIIMS de Nova Delhi permite que jovem de 17 anos tenha uma vida normal.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
Nova Delhi, 28 de fevereiro de 2025 – Um adolescente indiano de 17 anos passou por uma cirurgia rara e bem-sucedida para remover um gêmeo parasitário que carregava desde o nascimento. A operação foi realizada por uma equipe de especialistas do All India Institute of Medical Sciences (AIIMS) e marcou um avanço significativo na medicina devido à complexidade do caso.
Caso raro na literatura médica
A condição, conhecida como “gêmeo parasitário”, ocorre quando um embrião não se desenvolve completamente e permanece dentro do corpo do irmão gêmeo. Apenas 40 casos semelhantes foram documentados na literatura médica mundial, segundo o cirurgião Dr. Asuri Krishna, um dos responsáveis pelo procedimento.
O jovem sofria de estigma social e isolamento devido à presença de duas pernas, glúteos e genitália subdesenvolvida crescendo em sua região abdominal. Ele chegou a abandonar os estudos devido à discriminação que enfrentava.
Cirurgia complexa e bem-sucedida
A cirurgia foi realizada no dia 8 de fevereiro de 2025 e durou cerca de duas horas e meia. Os médicos removeram cuidadosamente os membros parasitários e um cisto alojado no abdômen. Durante o procedimento, houve um momento crítico quando a pressão arterial do paciente caiu drasticamente devido à redistribuição sanguínea, mas a equipe conseguiu estabilizá-lo.
Segundo o Dr. VK Bansal, um dos médicos que lideraram a intervenção, cerca de 40% do fluxo sanguíneo do jovem era direcionado ao gêmeo parasitário, o que poderia causar complicações futuras. Exames de imagem revelaram que os membros extras eram irrigados por uma artéria mamária interna, mas não estavam conectados a órgãos vitais como fígado ou rins, facilitando a remoção.
Recuperação e esperança para o futuro
A recuperação do jovem foi rápida: ele começou a andar sozinho apenas quatro dias após a cirurgia e recebeu alta pouco depois. “Agora posso viver normalmente, estudar e trabalhar”, disse ele.
O caso representa um marco para a equipe médica do AIIMS, que nunca havia realizado esse tipo de procedimento em um paciente acima dos 15 anos. “Dezessete anos de sofrimento foram resolvidos em poucas horas. Esse é o poder da ciência e do trabalho em equipe”, celebrou o Dr. Krishna.
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