Pesquisas indicam que componentes da planta podem retardar o envelhecimento cerebral e ajudar na prevenção de doenças neurodegenerativas.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
Novos estudos sugerem que a cannabis medicinal pode ter um efeito anti-idade no cérebro, ajudando a retardar o declínio cognitivo e a prevenir doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson. Pesquisadores da Universidade de Bonn, na Alemanha, em colaboração com a Universidade Hebraica de Jerusalém, descobriram que o Tetrahidrocanabinol (THC), princípio ativo da cannabis, pode moderar sinais de envelhecimento cerebral em camundongos, estimulando a produção de novas células neurais e regulando o sistema imunológico do cérebro.
Os cientistas observaram que a administração de baixas doses de THC em camundongos mais velhos resultou em uma melhora significativa na capacidade de aprendizado e na densidade sináptica. Por outro lado, em camundongos jovens, o efeito foi oposto, sugerindo que os impactos do THC podem depender da idade do indivíduo.
A relação entre cannabis e neuroproteção também tem sido investigada em outras pesquisas. Estudos sugerem que a substância pode reduzir a formação de placas beta-amiloides, associadas ao Alzheimer, além de aliviar sintomas como ansiedade, agitação e distúrbios do sono, comuns em pacientes com doenças neurodegenerativas.
Apesar dos achados promissores, os cientistas enfatizam que mais pesquisas são necessárias para entender os mecanismos de ação da cannabis no envelhecimento cerebral e confirmar esses efeitos em humanos. O próximo passo é realizar ensaios clínicos para determinar a segurança e eficiência da substância na prevenção de doenças neurodegenerativas e no combate ao envelhecimento cerebral.
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