Apesar de seguir no G-4, técnico do Vasco lamenta a lentidão no jogo e a falta de criatividade ofensiva no empate com o Sampaio Corrêa, em Saquarema.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O empate sem gols com o Sampaio Corrêa, na noite da última segunda-feira (10), em Saquarema, deixou a torcida do Vasco frustrada com o desempenho da equipe. Além de não conseguir marcar, o time vascaíno criou poucas oportunidades e saiu de campo vaiado. O resultado trouxe um alerta para o time, que enfrentará Flamengo e Botafogo nas últimas rodadas da Taça Guanabara, além da estreia na Copa do Brasil.
Após o apito final, o técnico Fábio Carille fez uma análise sincera sobre o desempenho da equipe:
“Tudo que a gente projetou aconteceu. O Sampaio Corrêa se fechou no campo deles e apostou no contra-ataque. Até o jogo de hoje, eles eram a segunda equipe com menos posse de bola e com mais faltas cometidas. A nossa ideia era circular a bola em velocidade, mas em alguns momentos o jogo ficou muito lento, o que dificultou nossa agressividade e a possibilidade de furar a defesa deles. Precisávamos ser mais incisivos para buscar a vitória”, comentou Carille.
O treinador também destacou a ausência de jogadores importantes, como Coutinho e Paulinho, que dificultaram a criação de jogadas ofensivas. Isso resultou em poucas intervenções do goleiro do Sampaio Corrêa, Zé Carlos, e aumentou o desconforto no vestiário após o jogo.
“Está todo mundo indignado com o resultado. Mas sobre a situação envolvendo o João [discussão com torcedores], eu não vi. A conversa no vestiário foi para que a gente se concentrasse no trabalho e se preparasse rapidamente para o próximo clássico”, explicou Carille.
Apesar do empate, o Vasco segue no G-4 da Taça Guanabara, ocupando a terceira posição com 14 pontos. Agora, o time precisará de bons resultados nos próximos clássicos para garantir a classificação de forma tranquila.
Análise de Carille sobre o desempenho da equipe:
Sobre a movimentação ofensiva: “O Sampaio jogou no 4-1-4-1, com uma marcação compacta, e nossa ideia era explorar os lados do campo. Payet teve algumas boas participações, mas faltou uma presença maior na área para aumentar as chances de gols. No primeiro tempo, a circulação da bola foi muito lenta, e no segundo tempo melhoramos um pouco, mas ainda assim precisávamos ser mais rápidos.”
Sobre a escolha de jogar com três volantes: “Não foi uma decisão para hoje, já venho utilizando essa formação. Tchê Tchê tem a função de segundo volante, e Paulinho também dá esse suporte ao Payet e Vegetti. A ideia era preencher bem o campo adversário e fazer movimentações perto da área para criar mais oportunidades.”
Próximos desafios e lesões
O Vasco agora se prepara para uma sequência de jogos desafiadores. A equipe terá pela frente dois dos maiores rivais do futebol carioca, Flamengo e Botafogo, em um curto intervalo de tempo. Carille sabe que esses confrontos serão cruciais para a sequência da temporada, especialmente se o time quiser garantir uma posição forte na Taça Guanabara e continuar a lutar por títulos no Carioca.
“São dois jogos de extrema importância, mas precisamos manter a calma e focar em nosso trabalho. O Flamengo tem um time muito qualificado, assim como o Botafogo. Cada clássico tem sua história, mas sabemos que podemos sair com bons resultados se conseguirmos corrigir as falhas que vimos hoje”, afirmou Carille.
Em relação à preparação da equipe, o técnico destacou que os treinamentos serão intensivos e focados em corrigir a falta de agressividade mostrada no jogo contra o Sampaio Corrêa. O time trabalhará para melhorar a transição ofensiva e, principalmente, ser mais eficiente dentro da área adversária.
Lesões e expectativa para o retorno de jogadores
Além dos desafios táticos e técnicos, o Vasco também enfrenta dificuldades com lesões. O defensor Lucas Oliveira foi um dos jogadores que deixou o campo mais cedo, com uma torção no tornozelo. Carille se mostrou cauteloso em relação à gravidade da lesão e afirmou que a situação será reavaliada nos próximos dias. A expectativa é que Oliveira não precise de um longo período de recuperação e possa estar disponível para os próximos jogos importantes.
“O Lucas Oliveira sofreu uma torção no tornozelo, mas ele já estava se movendo melhor após o jogo. Vamos esperar o resultado dos exames para saber a gravidade da lesão, mas esperamos que ele possa se recuperar rapidamente”, explicou o treinador.
Outro jogador que Carille mencionou foi o atacante GB, cuja possível transferência está em andamento. O treinador informou que ainda não há novidades sobre o futuro do jogador e que, no momento, o foco é no grupo que está disponível para os próximos confrontos.
A preparação para a Copa do Brasil
Além dos clássicos no Carioca, o Vasco também se prepara para sua estreia na Copa do Brasil, o que adiciona ainda mais pressão sobre o desempenho da equipe. O sorteio já definiu o adversário e, por isso, Carille ressaltou a importância de tratar cada jogo como uma “decisão”, destacando que todos os jogos têm que ser encarados com seriedade.
“A Copa do Brasil é uma competição importante, onde cada jogo tem peso. Vamos ter que estar preparados para encarar os adversários com muita intensidade, mas antes disso, temos os clássicos e é neles que devemos focar agora”, finalizou o técnico.
Foco nos clássicos e na evolução do time
Carille encerrou sua coletiva com uma mensagem de otimismo, reforçando que o trabalho no dia a dia será fundamental para corrigir os pontos negativos e dar ao time a confiança necessária para os próximos desafios. Ele também destacou a importância de uma resposta rápida, já que o calendário do futebol carioca é apertado, e as oportunidades de corrigir erros são limitadas.
O Vasco, agora em um momento decisivo da temporada, vai buscar evoluir rapidamente para enfrentar Flamengo e Botafogo e, ao mesmo tempo, se preparar para os desafios na Copa do Brasil. A expectativa da torcida é grande, mas, com a continuidade do trabalho, o time tem a chance de dar uma resposta positiva dentro de campo.
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