
Verbas de emergência foram usadas para despesas extravagantes, enquanto estudantes ficaram sem apoio adequado.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
O Departamento de Eficiência Governamental (Doge), liderado por Elon Musk, revelou nesta quinta-feira, 20, um relatório alarmante sobre a utilização de quase US$ 200 bilhões em auxílios emergenciais para escolas durante a pandemia da covid-19.
Segundo o órgão, grande parte desses recursos foi desperdiçada em gastos supérfluos, sem qualquer impacto positivo para os estudantes.
Em Utah, por exemplo, o distrito escolar Granite Public Schools usou US$ 86 mil para cobrir estadias no Caesars Palace, um hotel-cassino de luxo em Las Vegas. Já o distrito Santa Ana Unified, na Califórnia, gastou impressionantes US$ 393 mil no aluguel do Angel Stadium, sede do time de baseball Los Angeles Angels, para cerimônias de formatura.
Os desvios não pararam por aí. Um distrito da Califórnia comprou um caminhão de sorvete com os fundos emergenciais, enquanto outras escolas destinaram US$ 60 mil para passes de piscina.
“Todo esse dinheiro foi gasto sem nenhuma documentação”, denunciou o Doge em uma postagem no X.
Diante do escândalo, o governo Trump reforçou os critérios para liberar os US$ 4 bilhões restantes, exigindo que todas as despesas sejam comprovadas com recibos antes da liberação dos recursos.
Os casos mais chocantes do desperdício:
Gramados milionários: O conselho escolar de Whitewater, Wisconsin, usou 80% dos US$ 2 milhões recebidos para construir campos de grama sintética para esportes, em vez de investir na recuperação educacional dos alunos.
Luxo e lazer: No condado de Upshur, Virgínia Ocidental, US$ 60 mil foram usados para cobrir ingressos de parques aquáticos e piscinas, além de financiar uma viagem do coral estudantil para outro estado.
Obras duvidosas: No Texas, o distrito de McAllen investiu US$ 4 milhões na ampliação de um parque ambiental, gerando revolta entre os pais, que questionaram como isso ajudaria na educação dos filhos.
Conectividade fracassada: Youngstown, Ohio, investiu US$ 5 milhões em um projeto de wi-fi baseado em postes de eletricidade, mas o plano falhou porque a cidade não era proprietária de todos os postes. O dinheiro foi desperdiçado, e os equipamentos permanecem inutilizados.
Tecnologia ineficiente: No Colorado, um colégio gastou US$ 800 mil em uma plataforma de ensino on-line baseada em aulas gravadas. O sistema foi duramente criticado e acabou abandonado sem qualquer reembolso.
Os casos expostos pelo Doge levantam um debate essencial sobre a responsabilidade na administração de fundos públicos. Graças à iniciativa de Elon Musk, esses abusos vieram à tona, reforçando a necessidade de maior transparência na aplicação dos recursos destinados à educação.
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