Ex-secretário de Trump afirma que Usaid influenciou eleições no Brasil para prejudicar Bolsonaro

Michael Benz denuncia interferência da agência norte-americana no cenário político brasileiro.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

O cenário eleitoral de 2022 no Brasil, que resultou na perda de Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, foi marcado por influências externas, segundo Michael Benz, ex-chefe da divisão de informática do Departamento de Estado dos EUA. Benz afirmou, em entrevista ao ex-assessor de Donald Trump, Steve Bannon, que a derrota de Bolsonaro foi diretamente impactada por ações da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid): “Se a Usaid não existisse, Bolsonaro ainda seria o presidente do Brasil”.

De acordo com ele, a Usaid utilizou sua estrutura para enfraquecer movimentos populistas ao redor do mundo, incluindo o liderado por Bolsonaro. Ele detalhou como a agência financiou projetos para restringir o fluxo de informações favoráveis ao ex-presidente brasileiro, interferindo diretamente no processo eleitoral.

Censura e manipulação da informação

Para Benz, a Usaid não agiu sozinha, mas em colaboração com diferentes entidades para implementar um esquema de controle da informação. “Quando ondas populistas varreram o mundo nos EUA em 2016 com Trump, e com o que aconteceu em toda a Europa com Marine Le Pen, Matteo Salvini e Nigel Farage, a Usaid declarou uma guerra santa de censura contra cada um desses grupos populistas, incluindo Bolsonaro”, afirmou.

A influência da agência no Brasil teria ocorrido por meio de financiamento a iniciativas que pressionaram autoridades a impor restrições sobre o que poderia ser divulgado nas redes sociais. Além disso, Benz revelou que a Usaid canalizou milhões de dólares para promover normas contra a chamada “desinformação“, que, na prática, teriam sido usadas para censurar Bolsonaro e seus apoiadores.

Recursos financeiros para influência política

O impacto da Usaid não se limitou apenas à censura digital, mas também se estendeu ao financiamento de organizações envolvidas no cenário político. “Foi a Usaid que gastou dezenas de milhões de dólares do dinheiro dos contribuintes norte-americanos para financiar a pressão para aprovar leis contra desinformação no Congresso brasileiro, financiando os advogados que pressionaram o TSE a reprimir os tuítes, mensagens no WhatsApp e no Telegram de Bolsonaro”, denunciou Benz.

Outro aspecto abordado por ele foi a forma como a agência norte-americana atuou para impedir conexões entre o conservadorismo no Brasil e nos Estados Unidos. Segundo Benz, um dos grupos apoiados pela Usaid admitiu que um de seus principais objetivos era “eliminar o intercâmbio internacional de ideias entre o movimento Trump e o movimento Bolsonaro”.

Estratégia global e envolvimento de George Soros

A atuação da Usaid, conforme Benz, não se restringe ao Brasil, mas faz parte de uma estratégia mais ampla para consolidar o controle sobre a mídia em diversas partes do mundo. “A Usaid gasta bilhões de dólares todos os anos para controlar a mídia”, afirmou, citando a influência da agência em países do Ocidente, Ucrânia, África e Ásia Central.

Benz também destacou o financiamento de organizações ligadas ao bilionário George Soros, incluindo iniciativas voltadas para a atuação de promotores alinhados a seus interesses. “A Usaid deu US$ 27 milhões ao patrocinador fiscal do grupo de controle de promotores de Soros”, disse ele.

Segundo o ex-funcionário do governo Trump, os esforços da Usaid refletem um objetivo maior de silenciar líderes populistas e garantir que políticas globalistas sejam implementadas. “Eles eliminam o populismo doméstico porque ele atrapalha seus objetivos de política externa”, concluiu.

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