
Governo Trump reforça segurança fronteiriça e garante retorno de imigrantes ilegais à Venezuela.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
Os Estados Unidos começarão a deportar imigrantes venezuelanos dentro dos próximos 30 dias, conforme anunciou Tom Homan, autoridade responsável por questões migratórias no governo americano. A decisão foi revelada em entrevista nesta sexta-feira (7), marcando um avanço nas negociações entre Washington e Caracas sobre o fluxo migratório.
A medida ocorre pouco depois de um encontro entre Richard Grenell, enviado do presidente Donald Trump, e Nicolás Maduro, ditador da Venezuela.
Durante a reunião, foram debatidos temas como imigração e o impacto das sanções econômicas impostas pelo governo americano ao regime chavista.
Horas após a conversa em Caracas, o governo dos EUA obteve a libertação de seis cidadãos americanos que estavam presos na Venezuela, um movimento que pode indicar que as relações entre os dois países seguem sendo tratadas de maneira pragmática.
Maduro concorda em aceitar venezuelanos deportados
Maduro declarou que a Venezuela está aberta para receber os imigrantes que serão deportados pelos EUA.
A postura atual contrasta com a adotada no início de 2024, quando o regime chavista recusou voos de repatriação de venezuelanos, em resposta à reativação de sanções econômicas pelos EUA. A decisão de aceitar os deportados agora pode indicar uma tentativa de aliviar a pressão internacional ou até mesmo explorar politicamente o retorno de cidadãos que haviam fugido da crise.
Proteções para imigrantes venezuelanos serão revogadas
Nos últimos anos, o governo Trump adotou medidas para proteger temporariamente venezuelanos que fugiram do regime socialista. No entanto, diante do aumento no número de imigrantes ilegais e da necessidade de reforçar a segurança nas fronteiras, os EUA decidiram encerrar o Status de Proteção Temporária (TPS) para esses indivíduos.
Centenas de milhares de venezuelanos que receberam essa proteção em 2023 perderão seus benefícios já em 2 de abril, enquanto aqueles que obtiveram o status em 2021 terão até setembro para regularizar sua situação ou deixar o país.
O objetivo do governo é assegurar que os Estados Unidos não se tornem um destino fácil para aqueles que tentam cruzar suas fronteiras de forma ilegal que desrespeite as leis.
Crise venezuelana impulsiona êxodo
A crise humanitária na Venezuela continua a expulsar milhões de pessoas do país. Segundo estimativas da ONU, cerca de 7,9 milhões de venezuelanos emigraram nos últimos anos devido ao colapso econômico, à falta de segurança e à repressão política do regime chavista.
O aumento do fluxo de imigrantes ilegais nos EUA levou o governo Trump a reforçar sua política migratória, dificultando a entrada e permanência de quem não possui status legal. A deportação dos venezuelanos reflete essa abordagem, buscando preservar os interesses americanos e evitar que a crise da Venezuela se torne um problema ainda maior para os Estados Unidos.
Com as deportações programadas para começar nas próximas semanas, o governo americano demonstra que não recuará diante de pressões externas e seguirá firme na proteção de suas fronteiras e no combate à imigração ilegal.
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