Maduro avança na ditadura e quer mais poder com nova Constituição

Foto: reprodução
Regime bolivariano busca endurecer punições contra opositores e expandir controle estatal.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, apresentou à Assembleia Nacional uma proposta de reforma constitucional que visa consolidar ainda mais seu domínio sobre o país. O plano, composto por 80 artigos, tem como principal objetivo fortalecer o poder territorial do regime, intensificar as punições contra adversários políticos e aprofundar o modelo econômico comunista.

Segundo o governo bolivariano, a reforma também servirá para “atualizar o marco legal” da Venezuela, em um momento em que Maduro enfrenta forte rejeição interna e internacional.

Durante a apresentação da proposta, ele alegou que seu governo precisa de novas ferramentas para combater o que chamou de “ameaças fascistas” e afirmou que o país sofre uma “agressão multifacetada”.

Comissão criada por Maduro terá 90 dias para definir mudanças

Para garantir que as alterações na Constituição sigam os interesses do regime, Maduro nomeou uma comissão nacional formada exclusivamente por aliados. Entre os escolhidos estão a vice-presidente Delcy Rodríguez e o promotor-geral Tarek William Saab, ambos figuras-chave na manutenção do poder chavista.

A comissão terá um prazo de 90 dias para apresentar as emendas, que posteriormente serão submetidas a um referendo popular — ainda sem data definida. A atual Constituição venezuelana, criada por Hugo Chávez em 1999, já ampliou significativamente os poderes do Estado e permitiu reeleições presidenciais ilimitadas.

Agora, a ditadura busca aprofundar ainda mais esse controle.

Comunidade internacional rejeita governo de Maduro

Atualmente em seu terceiro mandato consecutivo, Maduro enfrenta forte resistência da oposição e da comunidade internacional. Sua reeleição no ano passado foi amplamente contestada, com diversos países e organismos internacionais denunciando fraude no pleito.

Edmundo González, diplomata exilado na Espanha e reconhecido como presidente eleito por várias nações, tenta reunir apoio externo para pressionar por uma transição política na Venezuela. Enquanto isso, o povo venezuelano continua a sofrer com a repressão, a crise econômica e a falta de liberdade, sob um regime que não esconde sua intenção de se perpetuar no poder.

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