
Maria de Fátima Silva Pires, de 68 anos, foi agredida fisicamente após ser acusada de sujar o banco do carro com migalhas de biscoito durante uma corrida no Rio de Janeiro.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
O caso de agressão física contra uma idosa no Rio de Janeiro gerou grande repercussão e revolta. Maria de Fátima Silva Pires, de 68 anos, foi agredida por um motorista de aplicativo, Luiz Felipe Soares, de 26 anos, após uma discussão sobre o banco do carro que ela teria sujado enquanto comia um biscoito. A agressão ocorreu durante uma viagem que Maria havia solicitado para a zona sul da capital fluminense.
O incidente e a agressão
O incidente teve início quando Maria de Fátima Silva Pires, enquanto estava na corrida, comeu um biscoito no banco do carro, o que, segundo o motorista, teria causado sujeira no estofado. Quando chegaram ao destino final, o motorista, em tom agressivo, pediu que Maria limpasse o banco, mas a idosa, assustada com a situação, simplesmente deixou o carro. No entanto, o motorista seguiu Maria até o portão de sua casa, onde, de forma inesperada, ele a agrediu fisicamente, deixando lesões em sua coxa direita e no cotovelo direito, sendo que o último foi descrito como um arrancamento de pele.
O agressor então se afastou do local e foi embora, enquanto Maria foi socorrida por um porteiro do edifício, que testemunhou toda a situação. O porteiro prestou auxílio imediato à idosa e foi fundamental para registrar o ocorrido.
Exames e ação das autoridades
Após ser agredida, Maria de Fátima Silva Pires procurou a polícia, e a vítima foi submetida a um exame de corpo de delito na sexta-feira (31), com a expectativa de que os exames complementares revelem a gravidade das lesões. A Polícia Civil do Rio de Janeiro, sob o comando do delegado Ângelo Lages da 12ª DP (Copacabana), iniciou a investigação, com a possibilidade do motorista ser indiciado por lesão corporal leve, grave ou gravíssima, dependendo da análise dos resultados dos laudos médicos.
Além disso, a polícia está buscando mais testemunhos e informações para fortalecer o caso. Maria, até o momento, não havia recebido qualquer tipo de esclarecimento formal ou pedido de desculpas do motorista.
Ação da Uber e reações
A Uber, empresa responsável pelo aplicativo de transporte utilizado pela vítima, tomou medidas imediatas após ser notificada sobre o caso. A empresa baniram Luiz Felipe Soares do seu sistema, proibindo-o de aceitar futuras corridas. Em um comunicado oficial, a Uber expressou seu compromisso com a segurança de seus usuários e afirmou que está colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos e ajudar na investigação.
A empresa também reforçou que, após o incidente, as ações tomadas foram para garantir que tais acontecimentos não se repitam. A Uber destacou que as atitudes de seus motoristas devem estar de acordo com as normas de respeito e segurança.
Repercussão e clamor público
O caso gerou indignação nas redes sociais, com muitas pessoas expressando solidariedade à vítima e condenando a atitude do motorista. A agressão de uma pessoa idosa, que se encontra em uma faixa etária mais vulnerável, chocou a opinião pública e trouxe à tona questões sobre a segurança dos passageiros e o comportamento de motoristas de aplicativos.
Muitas pessoas também questionaram a postura da empresa Uber e a responsabilidade dela em relação aos seus motoristas. Comentários nas redes sociais pediram que a Uber, além de banir motoristas envolvidos em agressões, também tomasse medidas preventivas mais rigorosas, como uma avaliação mais detalhada de seus motoristas, especialmente em questões relacionadas ao comportamento e à segurança dos passageiros.
Próximos passos e acompanhamento do caso
A Polícia Civil do Rio de Janeiro continua investigando o caso. O delegado Ângelo Lages e sua equipe esperam o laudo médico final para determinar a gravidade da lesão e decidir sobre as acusações formais contra o motorista. O caso segue em andamento e, de acordo com a polícia, novas informações podem surgir durante as investigações.
Maria de Fátima Silva Pires, enquanto isso, segue com o tratamento de suas lesões e está sendo acompanhada por profissionais de saúde. Ela contou com o apoio de amigos, familiares e da comunidade local, que tem se manifestado solidariamente.
Este caso traz à tona a importância de garantir a segurança dos passageiros de aplicativos e da necessidade de uma resposta rápida por parte das autoridades e das empresas para prevenir abusos e agressões durante o uso desses serviços.
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