Mulher engravida enquanto já estava grávida: entenda esse fenômeno raríssimo

Foto: internet
Superfetação permite que uma mulher tenha dois bebês concebidos em momentos diferentes durante a mesma gestação.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

A gravidez é um dos processos biológicos mais complexos do corpo humano, mas, em casos extremamente raros, pode ocorrer um fenômeno surpreendente: a superfetação, que faz com que uma mulher engravide novamente enquanto já está grávida. Embora pareça impossível, essa condição já foi documentada em alguns casos ao redor do mundo e intriga especialistas da área médica.

O que é superfetação?

A superfetação acontece quando uma mulher libera um segundo óvulo e este é fecundado após a primeira concepção. Normalmente, assim que ocorre uma gravidez, o corpo feminino passa por mudanças hormonais que impedem novas ovulações e tornam o útero um ambiente inadequado para outra implantação. No entanto, em situações excepcionais, essas barreiras naturais não funcionam completamente, permitindo que uma nova fecundação ocorra dias ou até semanas após a primeira.

Esse fenômeno é mais comum em alguns mamíferos, como gatos e coelhos, mas em humanos é extremamente raro, com poucos casos confirmados na literatura médica.

Como é possível engravidar duas vezes em períodos diferentes?

Para que a superfetação ocorra, três fatores principais precisam estar presentes:

  1. Ovulação contínua: O corpo da mulher deve continuar liberando óvulos, algo que normalmente não acontece após a concepção.
  2. Espermatozoides ativos: A segunda fecundação precisa ocorrer dentro da janela de sobrevivência dos espermatozoides, que pode variar de alguns dias até uma semana.
  3. Receptividade do útero: O endométrio (revestimento do útero) deve permanecer apto a receber um novo embrião, algo que geralmente se torna improvável após a implantação do primeiro embrião.

Isso significa que a segunda gravidez acontece dentro do mesmo útero, mas com um feto mais novo que o outro, o que pode gerar uma diferença de idade gestacional entre os bebês.

Casos reais de superfetação

Embora rara, a superfetação já foi documentada em algumas mulheres ao redor do mundo. Um dos casos mais famosos ocorreu em 2017, quando uma mulher nos Estados Unidos deu à luz gêmeos que, após exames médicos, foram confirmados como frutos de duas concepções diferentes, ocorridas com algumas semanas de intervalo. Outro caso aconteceu em Bangladesh, onde uma mulher deu à luz um bebê prematuro e, 26 dias depois, teve um parto normal de gêmeos, sem saber que ainda estava grávida de dois outros bebês.

A superfetação pode ser confundida com uma gravidez gemelar?

Sim. Muitas vezes, casos de superfetação são erroneamente classificados como gestações gemelares, mas há uma diferença fundamental:

  • Na gravidez gemelar tradicional (univitelina ou bivitelina), os bebês são concebidos ao mesmo tempo, seja a partir de um único óvulo que se divide (gêmeos idênticos) ou de dois óvulos liberados no mesmo ciclo menstrual (gêmeos fraternos).
  • Na superfetação, os embriões são formados em momentos diferentes, gerando uma diferença de desenvolvimento entre eles.

Os riscos da superfetação

Por se tratar de uma gestação incomum, a superfetação pode trazer alguns desafios médicos, como:

  • Dificuldade no acompanhamento pré-natal: Como os bebês têm idades gestacionais diferentes, o crescimento de cada um precisa ser monitorado de maneira diferenciada.
  • Prematuridade: O parto geralmente ocorre ao mesmo tempo para ambos os bebês, o que pode significar que o feto mais jovem nasce prematuro.
  • Complicações no parto: Diferenças de tamanho e maturidade entre os fetos podem gerar desafios durante o parto normal ou cesárea.

A superfetação continua sendo um mistério para a ciência e um dos fenômenos mais raros da medicina reprodutiva. Embora a maioria das mulheres não tenha a menor chance de engravidar duas vezes durante a mesma gestação, os casos documentados mostram que o corpo humano ainda pode surpreender.

Esse fenômeno reforça a importância do acompanhamento médico durante toda a gestação, garantindo que qualquer situação atípica seja detectada e tratada da melhor forma possível para a saúde da mãe e dos bebês.

  • Leia mais:

https://gnewsusa.com/2025/02/trump-age-para-frear-ataques-contra-cristaos-e-igrejas-nos-eua/

https://gnewsusa.com/2025/02/imigrantes-venezuelanos-ilegais-retornarao-a-venezuela-em-30-dias-anunciam-eua/

https://gnewsusa.com/2025/02/trump-assinara-decreto-para-retomar-canudos-de-plastico-nos-eua-e-critica-biden/

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*