Suspeita fazia rota internacional do tráfico e transportava droga em malas com fundo falso; PF apreendeu também 1.350 euros.
Por Ana Raquel|GNEWSUSA
A Polícia Federal (PF) prendeu em flagrante, na noite desta segunda-feira (10), uma mulher venezuelana que tentava embarcar com quase 3,5 kg de cocaína no Aeroporto Internacional de Belém, no Pará. Durante a abordagem, os agentes também apreenderam 1.350 euros em espécie, que estavam com a passageira.
A droga estava escondida em compartimentos secretos das bagagens, organizadas em duas placas dentro de um fundo falso da mala de mão e em sete mantas dentro das mochilas despachadas. Um teste preliminar confirmou que a substância era cocaína.
Monitoramento e prisão em flagrante
Segundo informações da PF, a mulher já estava sendo monitorada pelos agentes, que decidiram abordá-la ao perceber indícios suspeitos. Após uma revista pessoal, foi constatado que ela carregava duas placas de cocaína na mala de mão.
Diante disso, as autoridades decidiram retirar as mochilas despachadas da aeronave para uma vistoria mais detalhada. Dentro delas, foram encontradas mais sete mantas impregnadas com a droga, todas escondidas em compartimentos falsos.
A suspeita foi imediatamente presa em flagrante e conduzida à Superintendência da Polícia Federal em Belém, onde foi autuada por tráfico internacional de drogas.
Rota internacional do tráfico
As investigações da PF apontam que a mulher vinha da Colômbia, um dos principais países fornecedores de cocaína do mundo. Seu trajeto até a prisão envolveu diversos deslocamentos por diferentes cidades e países, um padrão comum em redes de tráfico internacional.
• Sábado (8): A passageira embarcou de Bogotá, na Colômbia, com destino a Letícia, cidade na tríplice fronteira entre Colômbia, Brasil e Peru.
• Domingo (9): Entrou no Brasil por terra e pegou um voo de Tabatinga (AM) para Manaus (AM).
• Segunda-feira (10): Iniciou um voo de Manaus para Paris, na França, com escalas em Belém (PA) e Lisboa, Portugal.
A Polícia Federal suspeita que a droga tenha origem em cartéis colombianos que atuam em Bogotá, Cali e Medellín, conhecidas como áreas de intensa produção e tráfico de cocaína.
Consequências e desdobramentos
A mulher foi encaminhada ao sistema prisional do Pará, onde aguardará os trâmites da Justiça. Ela responderá por tráfico internacional de drogas, crime que pode resultar em penas de 5 a 15 anos de reclusão, conforme a Lei de Drogas do Brasil (Lei nº 11.343/2006).
A Polícia Federal continua investigando o caso para identificar possíveis colaboradores e conexões da suspeita com organizações criminosas especializadas no tráfico de drogas entre a América do Sul e a Europa.
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