
Caso aconteceu nos EUA; local prometia tratamento para diversas doenças sem aval do FDA.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Uma tragédia abalou Oakland, na Califórnia, quando uma explosão em uma câmara hiperbárica resultou na morte de um menino de cinco anos. As autoridades locais confirmaram a fatalidade.
O incidente ocorreu no The Oxford Center, um estabelecimento médico que oferece tratamentos para crianças com diversas condições, incluindo autismo, câncer e TDAH.
De acordo com o Detroit Free Press, a criança foi encontrada sem vida dentro da câmara logo após a explosão, que aconteceu por volta das 8h da manhã, no horário local. A mãe do menino, que aguardava do lado de fora, sofreu ferimentos devido aos estilhaços gerados pela explosão.
O pequeno estava em tratamento e realizando uma sessão na câmara hiperbárica, embora não tenha sido divulgada a condição específica que motivou o uso do equipamento. As causas da explosão ainda estão sendo investigadas, com as autoridades considerando a possibilidade de falhas relacionadas à pressão ou a problemas elétricos.
Mas o que é, exatamente, uma câmara hiperbárica? Trata-se de um dispositivo terapêutico onde o paciente respira oxigênio puro, sob uma pressão que pode ser duas a três vezes maior do que a pressão atmosférica ao nível do mar, conforme explica a Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica (SBMH).
- A câmara, que possui um formato cilíndrico e é construída em materiais como aço ou acrílico, pode ser pressurizada com ar comprimido ou oxigênio puro.
Esse tipo de tratamento é utilizado para combater infecções bacterianas e fúngicas, corrigir a falta de oxigênio causada por obstruções nos vasos sanguíneos, e para melhorar a eficácia de enxertos de pele, além de ajudar na cicatrização de feridas crônicas e agudas.
A oxigenoterapia hiperbárica também pode neutralizar substâncias tóxicas e potencializar a ação de determinados antibióticos. No entanto, devido à alta concentração de oxigênio, as câmaras são inflamáveis, e em caso de incêndio, a evacuação rápida pode ser difícil.
A National Fire Protection Association (NFPA) destaca que é necessário um tempo de descompressão para uma saída segura do equipamento, e em uma publicação de 2021, enfatiza a urgência de melhorar os planos de emergência em caso de incêndio nas câmaras hiperbáricas.
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