
Até onde podemos resistir às altas temperaturas?
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
O corpo humano tem uma capacidade limitada de lidar com o calor extremo, especialmente quando a umidade relativa do ar está elevada. A ciência já estabeleceu alguns parâmetros críticos que indicam até que ponto uma pessoa pode sobreviver sob condições extremas.
Segundo estudos da Universidade Estadual da Pensilvânia, quando a temperatura do ar atinge 31°C com mais de 50% de umidade, ou 38°C com 60% de umidade, o corpo começa a perder sua capacidade de resfriamento natural. Se essas condições forem intensificadas, levando a um índice de bulbo úmido de 35°C, a morte pode ocorrer em apenas seis horas devido ao colapso térmico, pois a evaporação do suor se torna ineficaz, impedindo a regulação da temperatura corporal.
Quem são os mais afetados?
Os mais vulneráveis ao calor extremo são crianças pequenas, idosos, trabalhadores ao ar livre e populações de baixa renda que não possuem acesso a ambientes climatizados. Durante ondas de calor na Europa, 90% das mortes foram de pessoas com mais de 65 anos.
Eventos extremos ao redor do mundo
O calor extremo já atingiu níveis alarmantes em várias partes do mundo. Um exemplo foi registrado no Irã, em 2023, onde a temperatura real era de 33,7°C, mas a sensação térmica chegou a 66,7°C devido à alta umidade, tornando o ambiente quase insuportável para o corpo humano.
Como se proteger?
Com o aumento das temperaturas globais devido às mudanças climáticas, algumas medidas são essenciais para evitar problemas de saúde:
- Beber bastante água, mesmo sem sentir sede;
- Evitar exposição direta ao sol em horários de pico;
- Usar roupas leves e claras;
- Ficar atento a sinais de exaustão térmica, como tontura e suor excessivo.
Especialistas alertam que, com o agravamento das mudanças climáticas, os episódios de calor extremo devem se tornar mais frequentes e perigosos, exigindo políticas públicas para mitigar seus impactos.
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