Trump e Putin remodelam a geopolítica mundial

Foto: reprodução
Parceria entre EUA e Rússia pode conter a China e redesenhar alianças internacionais.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA

A crescente aproximação entre Estados Unidos e Rússia sinaliza uma mudança drástica na geopolítica mundial. Sob a liderança de Donald Trump, Washington adota uma nova estratégia externa fortalecendo laços com Moscou. Já a Rússia, buscando o fim das sanções e maior reconhecimento global, vê na parceria uma oportunidade para consolidar sua posição como potência influente.

Uma aliança com impacto global

A possibilidade de uma cooperação entre as duas nações levanta questões sobre o futuro das alianças tradicionais, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e o impacto dessa relação na ascensão da China.

“A simples ideia de uma aliança entre EUA e Rússia dependeria de muitos fatores”, afirma a coordenadora acadêmica do grupo Hilel, Daphne Klajman.

“Um governo norte-americano que repensa suas alianças para conter a China e priorizar assuntos internos, enquanto a Rússia buscaria o fim das sanções, o reconhecimento de sua força e o enfraquecimento da Organização do Tratado do Atlântico Norte [Otan].”

A abordagem de Trump rompe com a política externa tradicional dos EUA, colocando o pragmatismo econômico e estratégico como prioridade. Sua decisão de reduzir o apoio à Otan e negociar diretamente com Putin sobre a guerra na Ucrânia evidencia essa nova diretriz.

Uma resposta ao avanço chinês

Ao fortalecer laços com a Rússia, os Estados Unidos criam uma frente capaz de conter a crescente influência da China, que ameaça a economia e a segurança global.

O cenário geopolítico se transforma, abrindo espaço para novos equilíbrios de poder.

A aliança também pode enfraquecer a União Europeia e outras organizações internacionais, que há anos buscam conter tanto os avanços russos quanto a nova postura americana.

Vantagens para a Rússia

A parceria estratégica com os EUA oferece à Rússia uma oportunidade única para recuperar sua economia e fortalecer sua influência global. “É inegável que traria vantagens importantes para a Rússia”, afirma Klajman. “O fim das sanções econômicas impulsionaria sua economia, atraindo investimentos e tecnologia.

Poderia voltar a ter reconhecimento como potência global, o que fortaleceria sua posição internacional, enquanto divisões na Otan e União Europeia (UE) aliviariam pressões.”

O novo caminho dos EUA

Trump segue demonstrando que sua prioridade é redefinir o papel dos EUA no mundo, investindo em um posicionamento mais forte e menos dependente de alianças desgastadas. Seu governo aposta na diplomacia direta e em acordos bilaterais como forma de garantir estabilidade e crescimento econômico.

A reaproximação com a Rússia pode ser o primeiro passo para um novo ciclo de influência global dos EUA, consolidando uma política externa baseada na força, na estratégia e no pragmatismo. Se bem conduzida, essa aliança pode mudar o equilíbrio mundial e fortalecer a posição americana diante dos desafios do século XXI.

Leia mais

Deputada Carla Zambelli questiona repasses do programa Pé-de-Meia no Brasil e solicita investigação ao TCU e PGR

Deputada Carla Zambelli denuncia gastos da primeira-dama do Brasil Janja em viagem presidencial a Roma

Chinês é enganado por namorada criada por IA e perde R$ 159 mil em golpe

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*