Brasil firma acordo para fortalecer integração entre Hospital Federal da Lagoa e Instituto Fernandes Figueira

Foto: João Risi/MS
Parceria busca aprimorar assistência e reduzir filas no SUS.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

O Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinaram, na sexta-feira (28), um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para integrar o Hospital Federal da Lagoa ao Instituto Fernandes Figueira. A iniciativa faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro e visa melhorar a qualidade do atendimento e reduzir o tempo de espera no Sistema Único de Saúde (SUS). Nos próximos 60 dias, especialistas das duas instituições realizarão um diagnóstico detalhado da unidade e planejarão a melhor estratégia de integração.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, enfatizou que a parceria tem o objetivo de fortalecer o atendimento a mulheres, crianças e adolescentes. “Estamos unindo duas grandes referências da nossa história para qualificar e diagnosticar como podemos avançar. O hospital sairá mais forte, o SUS sairá mais fortalecido e o Instituto Fernandes Figueira também”, afirmou. Padilha também destacou a satisfação de contar com a colaboração da Fiocruz nessa missão.

O Hospital Federal da Lagoa é reconhecido pelo atendimento oncológico, especialmente em oncologia pediátrica. Além disso, a unidade atua em diversas especialidades médicas, como mastologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia vascular e cirurgia de mão. “Nosso foco é fortalecer a assistência à saúde da mulher e da criança, que são prioridades da nossa gestão”, reforçou o ministro.

Com base no diagnóstico elaborado pela equipe de trabalho, será possível definir ações concretas, incluindo a reabertura de leitos, contratação de profissionais e ampliação dos serviços para a população. A primeira reunião do Grupo de Trabalho responsável pelo projeto está prevista para a primeira semana de abril.

O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, destacou a importância da presença do ministro Padilha na instituição, enfatizando o compromisso do governo com os projetos da Fiocruz. “Essa discussão já vinha sendo trabalhada há alguns anos e, finalmente, estamos avançando com um passo concreto”, afirmou Moreira.

Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro

Atualmente, quatro hospitais federais do Rio de Janeiro estão passando por mudanças estruturais dentro do plano de reestruturação do Ministério da Saúde. O Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), o Hospital Federal do Andaraí (HFA) e o Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF) já iniciaram a descentralização da gestão. Já o Hospital dos Servidores do Estado (HFSE) está em fase final de transição para a administração da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).

R$ 24 milhões para fortalecer a assistência materna em 75 maternidades

Durante o evento, o ministro Padilha também anunciou um investimento de R$ 24 milhões para a implementação de Planos de Ação voltados à melhoria da gestão em 75 maternidades de todo o Brasil. Essas unidades concentram a maior parte dos óbitos maternos no país, tornando essencial a qualificação da assistência para reduzir a mortalidade de mães e bebês.

Desse total, 25 maternidades da EBSERH já iniciaram a reformulação dos processos, enquanto as demais 50 unidades, geridas por estados e municípios, começarão em breve. “Precisamos da expertise de instituições como a Fiocruz para qualificar, monitorar e apoiar o desenvolvimento dessas maternidades”, afirmou Padilha.

A parceria entre o Ministério da Saúde e o Instituto Fernandes Figueira/Fiocruz terá duração de dois anos, período em que serão elaborados, implementados e acompanhados os Planos de Ação. Entre as melhorias previstas estão maior segurança para os pacientes, otimização dos fluxos de leitos e regulação, melhor acolhimento das gestantes, qualificação da assistência ao parto e aprimoramento dos cuidados nas UTIs neonatais.

Os beneficiados por essa iniciativa serão os profissionais de saúde e gestores das maternidades, abrangendo tanto especialistas clínicos quanto equipes de saúde coletiva. Além disso, a implementação contará com a colaboração das instâncias de gestão do SUS nos estados e municípios, bem como de representantes dos movimentos sociais. O objetivo é promover um atendimento mais eficiente e humanizado para as gestantes e recém-nascidos do país.

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