
Fiocruz aponta crescimento significativo de casos de SRAG, principalmente entre crianças pequenas.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu um alerta para o aumento expressivo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na Região Norte do Brasil. De acordo com o mais recente boletim Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (21), os estados do Norte e do Centro-Oeste, assim como o Distrito Federal, apresentam níveis preocupantes de infecções respiratórias graves.
O estudo revela que o Distrito Federal, Roraima e a região de Palmas, no Tocantins, estão entre as áreas com maior risco. Até o dia 15 de março, foram registrados 21.498 casos de SRAG no Brasil, resultando em 1.659 óbitos. O crescimento desses números preocupa as autoridades de saúde, especialmente devido ao impacto entre crianças de até dois anos de idade.
A pesquisadora Tatiana Portella, da Fiocruz, aponta que a disseminação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) pode estar relacionada a esse aumento, particularmente no Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul, onde há confirmação laboratorial da presença do vírus. Além disso, em estados como Acre, Goiás, Mato Grosso e Pará, há indícios de crescimento da SRAG também entre jovens e adultos, embora o vírus responsável ainda não tenha sido identificado.
Entre crianças mais velhas e adolescentes, a maioria dos casos está associada ao rinovírus, adenovírus e metapneumovírus. A recomendação das autoridades é que estudantes com sintomas gripais evitem frequentar escolas para reduzir a transmissão dos vírus.
Medidas de prevenção
Diante desse cenário, a Fiocruz recomenda o uso de máscaras em ambientes fechados e em postos de saúde nas regiões Norte e Centro-Oeste. Além disso, é fundamental manter a vacinação contra a covid-19 e a influenza em dia. Embora outros vírus respiratórios estejam em circulação, a covid-19 ainda representa 39,8% dos casos confirmados de SRAG no país.
A vacina contra a covid-19 faz parte do calendário básico infantil e é recomendada para grupos vulneráveis, como idosos, gestantes e pessoas com deficiência. Já a vacina contra a influenza está disponível nas unidades de saúde e é oferecida anualmente para crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes e idosos.
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