
Pesquisadores avançam na bioimpressão, mas tecnologia ainda precisa evoluir para aplicação clínica.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em Israel, deram um passo importante na medicina regenerativa ao imprimir um coração tridimensional usando células humanas. O estudo, liderado pelo professor Tal Dvir, demonstrou que é possível criar um órgão vascularizado e compatível com o sistema imunológico do paciente.
O coração impresso tem cerca de 3 centímetros, o equivalente ao tamanho de um coração de coelho. Ele foi criado a partir de células-tronco extraídas de tecido adiposo dos pacientes e convertidas em células cardíacas. O material foi transformado em uma “biotinta”, permitindo a impressão do órgão com vasos sanguíneos e estrutura celular semelhante à real.
Apesar do avanço, a tecnologia ainda não está pronta para transplantes. Segundo o professor Dvir, o coração impresso consegue se contrair, mas ainda não tem capacidade de bombear sangue. O próximo desafio da equipe é amadurecer as células para que elas funcionem de forma coordenada, além de expandir a técnica para produzir corações em tamanho real.
Os pesquisadores estimam que a bioimpressão de órgãos funcionais possa se tornar uma realidade clínica em 10 a 15 anos. No futuro, essa tecnologia poderá eliminar a necessidade de doadores de órgãos, criando corações e outros tecidos sob medida para cada paciente.
Perspectivas para o futuro
Além do coração, a bioimpressão 3D já está sendo estudada para a criação de outros órgãos e tecidos. A esperança dos cientistas é que hospitais possam contar com impressoras de órgãos, reduzindo a fila de transplantes e os riscos de rejeição imunológica.
Enquanto isso, mais testes e pesquisas serão necessários antes que essa tecnologia possa ser aplicada em humanos.
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