Cientistas descobrem compostos naturais que podem impedir o crescimento do câncer

Pesquisas avançam no desenvolvimento de alternativas menos tóxicas para o tratamento da doença.

Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

Pesquisadores de diversas instituições ao redor do mundo vêm identificando compostos naturais promissores na luta contra o câncer. Estudos recentes apontam que certas substâncias extraídas de plantas e fungos podem impedir a progressão de tumores, abrindo caminho para terapias mais eficazes e com menos efeitos colaterais.

Cordicepina: o composto do fungo Cordyceps militaris

Uma das descobertas mais promissoras envolve a cordicepina, substância encontrada no fungo Cordyceps militaris. Pesquisadores descobriram que esse composto pode inibir vias de crescimento celular alteradas no câncer, reduzindo o impacto sobre células saudáveis. Esse achado pode levar a novos tratamentos mais seletivos e menos agressivos do que a quimioterapia tradicional.

Selênio e a prevenção do câncer

Outro estudo da Universidade Federal Fluminense destacou o papel do selênio, um mineral essencial, na redução do risco de câncer. O selênio atua como um antioxidante natural, ajudando a neutralizar radicais livres que podem causar mutações genéticas e estimular o crescimento de células tumorais.

Inibidor da proteína MPS1: uma nova abordagem

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Alemanha desenvolveram uma molécula capaz de bloquear a ação da proteína MPS1, envolvida na multiplicação de tumores sólidos. A inibição dessa proteína pode impedir a progressão de diferentes tipos de câncer, incluindo os de mama e pâncreas. Segundo os cientistas, a estabilidade da ligação da molécula com a MPS1 é um diferencial importante, tornando o composto um potencial candidato para futuras terapias contra a doença.

Apesar dos avanços, essas descobertas ainda estão em fase de testes laboratoriais e pré-clínicos. Mais pesquisas serão necessárias para confirmar sua eficácia e segurança antes que possam ser usadas como tratamentos médicos. No entanto, os resultados são animadores e reforçam a importância da busca por alternativas inovadoras no combate ao câncer.