Golpista nigeriano se declara culpado por esquema de romance que enganou idosos nos EUA

Foto: reprodução
Criminoso enganava vítimas com falsas promessas de amor e desviava milhões para contas no exterior.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA

Promessas de amor e companheirismo se transformaram em um pesadelo para dezenas de idosos nos Estados Unidos. Darlington Akporugo, um nigeriano de 47 anos que vivia ilegalmente no país, admitiu operar um esquema fraudulento que enganou vítimas vulneráveis, desviando mais de US$ 3 milhões em um golpe cruel.

No dia 28 de fevereiro, ele se declarou culpado no Tribunal Distrital do Sul do Texas por crimes de fraude eletrônica, fraude postal e conspiração criminosa.

As investigações, lideradas pelo Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE), revelaram que Akporugo e seus cúmplices usavam redes sociais para iludir vítimas, conquistando sua confiança antes de convencê-las a enviar dinheiro. Muitos dos alvos eram viúvos e aposentados, que viram suas economias de vida desaparecerem nas mãos dos criminosos.

“Este indivíduo e seus co-conspiradores se aproveitaram da vulnerabilidade dos idosos e recém-viúvos para defraudá-los com suas economias de vida”, afirmou Chad Plantz, agente especial responsável pela Homeland Security Investigations do ICE. “Obrigado às vítimas que corajosamente se apresentaram para relatar este assunto à polícia e os excelentes relacionamentos que temos com nossos parceiros de aplicação da lei no exterior; fomos capazes de expor esse esquema repreensível e responsabilizar os criminosos envolvidos nele.”

Como o golpe funcionava

Os criminosos criavam perfis falsos em redes sociais como o Facebook, fingindo ser pessoas confiáveis e interessadas em relacionamentos sérios.

Após ganhar a confiança das vítimas, eles as persuadiam a enviar dinheiro sob pretextos falsos, como investimentos inexistentes ou emergências pessoais inventadas.

Além de transferências bancárias diretas, Akporugo também convencia algumas vítimas a abrir linhas de crédito em seu nome e até comprar bens luxuosos para ele. Em um dos casos, uma pessoa enganada chegou a adquirir um carro de luxo que foi usado pelo golpista.

As autoridades identificaram pelo menos 25 vítimas, mas acreditam que o número pode ser muito maior, já que muitas pessoas têm vergonha ou medo de denunciar esse tipo de crime.

Justiça para as vítimas

Akporugo permanecerá preso até sua sentença, marcada para 6 de junho. Ele pode pegar até 20 anos de prisão federal e ser multado em US$ 250.000.

O caso está sendo conduzido pelo assistente do procurador dos EUA, Thomas Carter.

O crime digital continua sendo um desafio global, mas as autoridades alertam: desconfie de promessas amorosas suspeitas na internet e nunca envie dinheiro para desconhecidos.

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