Lucy Bronze revela como autismo e TDAH a ajudaram a brilhar no futebol

Foto: Reprodução.
 Zagueira do Chelsea e da seleção inglesa diz que o hiperfoco e a paixão pelo esporte foram impulsionados pelo diagnóstico, recebido há quatro anos.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

A zagueira do Chelsea e da seleção inglesa, Lucy Bronze, revelou que seu diagnóstico de autismo e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) a ajudou a aprimorar seu desempenho no futebol.

A jogadora de 33 anos, que recebeu a confirmação em 2021, afirmou que suas características neurológicas contribuíram para sua obsessão pelo esporte e para sua rotina disciplinada de treinamentos.

Bronze teve papel fundamental na conquista da Eurocopa Feminina pela Inglaterra em 2022 e na campanha que levou a seleção à final da Copa do Mundo de 2023.

Além disso, a defensora já ergueu a taça da Liga dos Campeões Feminina cinco vezes: três pelo Olympique Lyonnais e duas pelo Barcelona.

Em entrevista, a jogadora explicou como suas condições influenciam positivamente sua carreira.

“Sempre dizem que sou apaixonada por futebol, mas acho que sou obcecada. Esse é o meu autismo, meu hiperfoco no esporte. Exercícios físicos são ótimos para quem tem autismo e TDAH. Ter uma rotina estruturada, algo para me concentrar e me manter ativa, me ajuda muito”, afirmou.

Durante a infância, Bronze enfrentou dificuldades com leitura e escrita devido à dislexia. Sua mãe já suspeitava que ela pudesse ser autista, mas o diagnóstico oficial veio apenas quatro anos atrás, durante um período de treinamento com a seleção inglesa.

“O diagnóstico não mudou quem eu sou, mas me ajudou a entender melhor a mim mesma. Passei a compreender por que percebo algumas situações de maneira diferente das outras pessoas”, explicou.

Atualmente, Bronze é embaixadora da National Autistic Society, no Reino Unido, e utiliza sua visibilidade para conscientizar sobre a neurodiversidade e combater estigmas.

“Ser incompreendida quando se é jovem é muito difícil. Quero ajudar a mudar essa realidade e dar mais apoio a outras pessoas que passam pelo mesmo”, concluiu.

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