
Sete profissionais de saúde são acusados de ações inadequadas no atendimento ao ídolo argentino, que faleceu em 2020. Caso pode resultar em penas de até 25 anos de prisão.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
O julgamento de sete dos oito profissionais acusados de negligência médica na morte de Diego Maradona teve início nesta terça-feira (11), em Buenos Aires. A Justiça da Argentina trata o caso como “homicídio com possível intenção”, um crime que pode resultar em penas de prisão que variam de 8 a 25 anos. Maradona faleceu em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, devido a uma parada cardiorrespiratória.
As audiências ocorrem em San Isidro, uma região metropolitana de Buenos Aires, e devem contar com o depoimento de mais de 100 testemunhas, entre elas familiares de Maradona, amigos, jornalistas, funcionários e médicos que cuidaram dele ao longo dos anos. O julgamento tem previsão para ser concluído até julho de 2025.
A oitava ré no caso, a enfermeira Dahiana Gisela Madrid, pediu para ser julgada separadamente. Ela teve sua primeira audiência preliminar em outubro de 2024 e ainda aguarda uma sentença. Todos os réus negam qualquer responsabilidade pela morte do astro argentino.
O caso de Maradona
Diego Maradona faleceu em sua residência em Tigre, Buenos Aires, após complicações de saúde. A autópsia revelou que ele sofreu um “edema pulmonar agudo secundário à insuficiência cardíaca crônica exacerbada”, que aconteceu na manhã de seu falecimento. Na época, o ídolo se recuperava de uma cirurgia para remoção de um coágulo sanguíneo após um acidente doméstico.
Em abril de 2023, a Justiça da Argentina decidiu levar os profissionais envolvidos no atendimento a Maradona a julgamento. A Câmara de Apelações e Garantias de San Isidro afirmou que o grupo de médicos e enfermeiros cometeu “ações e omissões defeituosas, determinantes para o resultado da morte”.
Além disso, um relatório de uma junta médica concluiu que Maradona foi “abandonado à própria sorte” e recebeu um “tratamento inadequado, deficiente e imprudente”.
Os réus
O caso envolve oito profissionais da saúde. São eles:
- O neurocirurgião Leopoldo Luque
- A psiquiatra Agustina Cosachov
- O psicólogo Carlos Díaz
- A médica responsável pelos cuidados domiciliares, Nancy Forlini
- O coordenador de enfermagem Mariano Perroni
- O enfermeiro Ricardo Omar Almirón
- A enfermeira Dahiana Gisela Madrid
- O médico clínico Pedro Di Spagna
O julgamento promete ser um marco para o esporte e para a medicina, com muitas expectativas sobre as acusações e o impacto na vida dos profissionais envolvidos.
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