Microplásticos no corpo humano: novo estudo aponta riscos graves à saúde

Pesquisadores identificam partículas plásticas no coração e artérias, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

Um novo estudo publicado no New England Journal of Medicine revelou que a presença de microplásticos no corpo humano pode estar diretamente associada a sérios riscos à saúde, incluindo ataques cardíacos, derrames e até morte precoce. A pesquisa, conduzida na Itália, analisou amostras de placa carotídea de 257 pacientes submetidos a cirurgias para remoção dessas obstruções e encontrou microplásticos em cerca de 60% dos casos.

Os cientistas detectaram principalmente polietileno (o plástico mais utilizado no mundo) e cloreto de polivinila (PVC). Além disso, observaram que os pacientes com microplásticos nas artérias apresentavam níveis elevados de inflamação, fator que pode desencadear complicações cardiovasculares severas.

Três anos após a análise inicial, os pesquisadores monitoraram a saúde dos participantes e constataram que aqueles com microplásticos nas placas arteriais tinham o dobro do risco de sofrer um ataque cardíaco, derrame ou até falecer, em comparação aos pacientes sem a presença dessas partículas.

Microplásticos também foram encontrados em outros órgãos

Outros estudos já haviam identificado microplásticos nos pulmões, no baço e até na placenta, levantando preocupações sobre os impactos a longo prazo para o organismo humano. A pesquisa italiana reforça essas preocupações, pois sugere que as partículas plásticas podem se infiltrar no sistema circulatório e alcançar áreas vitais do corpo, aumentando o risco de doenças inflamatórias crônicas e distúrbios neurológicos.

Especialistas alertam que, apesar da descoberta alarmante, ainda há muitas perguntas sem resposta. Como essas partículas chegam ao coração e às artérias? Qual o papel da alimentação e do meio ambiente na absorção desses materiais pelo corpo humano? Pesquisas futuras devem aprofundar essas questões e buscar estratégias para minimizar a exposição aos microplásticos.

A crescente presença dessas partículas no organismo humano reflete o impacto do uso excessivo de plásticos na sociedade e reforça a necessidade de políticas públicas e ações individuais para reduzir a poluição plástica no planeta.

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