No Brasil, Polícia Civil prende suspeito pela morte de Vitória Regina em Cajamar (SP)

Investigação revela novos detalhes sobre o desaparecimento e assassinato da adolescente. 

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

A Polícia Civil de São Paulo prendeu neste sábado (8) Maicol Antonio Sales dos Santos, suspeito de envolvimento na morte de Vitória Regina Sousa, de 17 anos. A jovem desapareceu no dia 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho para casa, e seu corpo foi encontrado sete dias depois com sinais de tortura em Cajamar (SP).

As investigações indicam que Maicol pode estar diretamente ligado ao crime, com base em relatos de testemunhas, imagens de câmeras de segurança e contradições em seu depoimento.

Indícios contra Maicol Antonio

Maicol é proprietário de um Toyota Corolla, que foi visto próximo ao local do desaparecimento de Vitória. Em sua decisão, a juíza Juliana Junqueira, que autorizou a prisão temporária do suspeito, afirmou que todas as provas apontam para sua participação no caso.

O suspeito disse à polícia que, na noite do desaparecimento, estava em casa com a esposa. No entanto, sua companheira declarou que estava na casa da mãe dela e só voltou no dia seguinte, o que contradiz a versão de Maicol.

Vizinhos relataram uma “movimentação atípica” na casa dele naquela noite, afirmando que Maicol foi visto entrando e saindo da garagem diversas vezes. Uma testemunha ainda contou que ele comentou com amigos que o “carro ficou bom”, levantando suspeitas sobre uma possível tentativa de ocultação de provas.

Outro suspeito teve prisão negada

A Polícia Civil também pediu a prisão temporária de Daniel Lucas Pereira, mas a Justiça negou o pedido. Entretanto, a juíza autorizou a realização de buscas e apreensões na residência dele.

Daniel teria fotografado o Corolla no dia seguinte ao desaparecimento, enquanto surgiam informações ligando o veículo ao crime. Maicol o questionou sobre o motivo da foto, o que gerou desconfiança. No entanto, a juíza entendeu que essa evidência não era suficiente para justificar sua prisão.

Local usado no crime foi encontrado

A polícia localizou um lugar onde Vitória foi levada antes de ser morta. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou que o local foi periciado e que alguns objetos foram apreendidos, mas não divulgou mais detalhes sobre o que foi encontrado.

Reconstrução dos últimos momentos de Vitória

Imagens de câmeras de segurança mostram Vitória saindo do trabalho no dia 26 de fevereiro e seguindo para um ponto de ônibus. No primeiro ônibus, ela demonstrava estar tranquila, mas no segundo, mandou uma mensagem para uma amiga dizendo que suspeitava que dois homens a estavam seguindo.

Ao descer do ônibus, um dos suspeitos permaneceu no veículo, enquanto o outro desembarcou e a acompanhou até um ponto próximo da casa dela. Nesse momento, o Corolla de Maicol foi visto circulando pela região.

Além disso, Vitória relatou à amiga que outros dois homens em um Toyota Yaris estavam mexendo com ela, o que pode indicar que mais pessoas estavam envolvidas.

Ex-namorado também é investigado

Outro nome investigado é o de Gustavo Vinícius Moraes, ex-namorado da vítima. A polícia já sabe que ele estava próximo ao local do crime no momento do desaparecimento e que ignorou uma mensagem de Vitória naquela noite.

Normalmente, Vitória voltava para casa de carona com o pai, mas, naquele dia, o carro da família não estava disponível, o que fez com que ela dependesse do transporte público. Ela chegou a pedir uma carona para Gustavo, mas ele não respondeu.

Próximos passos da investigação

A Polícia Civil segue investigando outros possíveis envolvidos no crime. A prisão temporária de Maicol poderá ser convertida em prisão preventiva, dependendo da evolução do caso.

A quebra de sigilo telefônico e a análise dos objetos apreendidos podem trazer novas pistas sobre o que aconteceu com Vitória na noite do crime.

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